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Estado de Minas

Seguran�a � refor�ada em Copacabana ap�s noite de viol�ncia

Protesto por morte de dan�arino, morador de favela pr�xima ao bairro, desperta terror no bairro da zona sul do Rio


postado em 23/04/2014 15:55 / atualizado em 23/04/2014 17:04

Bairro de Copacabana sofreu com protestos realizados em favela próxima(foto: CHRISTOPHE SIMON/AFP)
Bairro de Copacabana sofreu com protestos realizados em favela pr�xima (foto: CHRISTOPHE SIMON/AFP)

A seguran�a foi refor�ada nesta quarta-feira em Copacabana, um dos bairros mais tur�sticos do Rio de Janeiro, no dia seguinte a violentos enfrentamentos e cenas de destrui��o que deixaram pelo menos um morto a 50 dias da Copa do Mundo no Brasil.

A viol�ncia em uma das �reas mais ricas e tur�sticas da cidade desperta d�vidas sobre a capacidade das autoridades de garantir a seguran�a das centenas de milhares de pessoas que visitar�o o Rio de Janeiro durante o Mundial, entre 12 de junho e 13 de julho, mas tamb�m sobre o sucesso da estrat�gia de "pacifica��o" das favelas, impulsionada pelo governo.

Dezenas de policiais militares, entre eles integrantes do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope), patrulhavam nesta quarta-feira os acessos e a comunidade Pav�o-Pav�ozinho, localizada entre os bairros de Copacabana e Ipanema, constatou uma jornalista da AFP.

Ap�s a viol�ncia na noite desta ter�a-feira, o clima era de aparente calma na regi�o durante o feriado de S�o Jorge, padroeiro dos policiais, dos bombeiros e seguran�as, entre outros, e muito venerado no Rio de Janeiro. Surfistas chegavam � praia com suas pranchas caminhando entre policiais de elite fortemente armados, enquanto dezenas de garis limpavam os destro�os das barricadas que queimaram durante horas nos acessos � favela.

Tiros versus pedras

Ao anoitecer desta ter�a-feira, a morte violenta do dan�arino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, que se apresentava no programa Esquenta, da TV Globo, supostamente nas m�os da pol�cia, como acusaram alguns moradores do Pav�o-Pav�ozinho, foi o estopim para a revolta de dezenas de jovens, que desceram o morro em Copacabana e Ipanema e foram confrontados com disparos de armas de fogo, bombas de efeito moral e g�s de pimenta pelas for�as de ordem.

"A pol�cia disparava tiros de verdade e os moradores se protegiam como podiam, atirando pedras e garrafas, com caixotes de madeira", contou � AFP nesta quarta-feira uma testemunha dos protestos, um morador de Copacabana que se identificou como Fabio. Este morador e outros vizinhos contam que um menino de 12 anos tamb�m teria morrido nos confrontos, mas a pol�cia n�o confirma.

Um jovem de 27 anos levou um tiro na cabe�a e morreu durante o protesto na favela pela morte do dan�arino.

A pol�cia informou, na noite de ontem, que Douglas foi encontrado morto, e que seus ferimentos indicavam que ele poderia ter "sofrido uma queda". Mas o relat�rio dos m�dicos legistas, publicado nesta quarta-feira pela imprensa, destaca que sua morte foi causada por "hemorragia interna a raiz de uma lacera��o pulmonar", causada por ferimento perfurante do t�rax. O ferimento poderia ter sido provocado por um tiro.

A viol�ncia come�ou "com manifesta��es violent�ssimas por parte de moradores (da favela), certamente incentivados por marginais, o que culminou com cenas de viol�ncia, depreda��o, objetos queimados, carros queimados", disse nesta quarta-feira � AFP o coronel Frederico Caldas, coordenador geral das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs), instaladas em favelas do Rio desde 2008.

Pacifica��o questionada

"Estamos muito longe de alcan�ar o ideal de que a comunidade se sinta protegida pela pol�cia. O objetivo das autoridades, de recuperar o controle do territ�rio (nas m�os de traficantes ou milicianos), est� em quest�o em algumas favelas", disse � AFP Ignacio Cano, do Laborat�rio da Viol�ncia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). "� preciso investigar estas mortes, mas � preciso uma avalia��o maior do projeto, sobretudo do relacionamento dos moradores com a pol�cia, que, hoje, depende de cada comandante de cada UPP", afirmou.

Nos �ltimos meses, a estrat�gia de "pacifica��o" do governo tem sido posta � prova por uma s�rie de ataques do tr�fico a v�rias UPPs, assim como pela pr�pria viol�ncia policial, com den�ncias de torturas e assassinatos de moradores de favelas cometidos pelas pr�prias for�as de ordem.

Para Cano, as UPPs em algumas favelas t�m funcionado bem, enquanto h� outras, como o Complexo do Alem�o ou partes da Rocinha, onde o Estado n�o tem conseguido assumir o controle do territ�rio. "A pol�tica das UPPs mudou a cara do Rio", embora em muitas favelas, como o Pav�o-Pav�ozinho, "existam desafios muito grandes, j� que a venda de drogas ainda � muito lucrativa e a demanda s� aumenta", afirmou o coronel Caldas.


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