Considerada pelo governo federal como um dia de testes da seguran�a na Copa do Mundo e de term�metro para medir os �nimos dos manifestantes, a quinta-feira foi marcada por protestos de categorias trabalhistas em v�rias cidades do pa�s e pela viol�ncia em ato contra o Mundial em S�o Paulo e no Rio de Janeiro. Os problemas mais graves, entretanto, ocorreram em Pernambuco. Depois de um dia de medo, que colocou em xeque a prepara��o de uma das 12 cidades sedes do evento, Recife encerrou a quinta-feira com a not�cia do fim da greve de policiais militares e de bombeiros.
Em Pernambuco, foram dois dias de paralisa��o. Embora a For�a Nacional de Seguran�a tenha sido acionada para tentar amenizar a greve dos PMs, ontem, moradores viveram um dia ca�tico. A tens�o come�ou na madrugada, com pelo menos oito homic�dios. Durante o dia, houve dezenas de arrast�es. No centro da capital pernambucana, comerciantes preferiram manter lojas fechadas ou trabalhar com portas pela metade. Balan�o parcial de ocorr�ncias divulgado pelo Sindicato dos Empregados do Com�rcio do Litoral Norte � tarde apontava que cerca de 200 lojas haviam sido assaltadas na regi�o metropolitana.
Parte dos servidores p�blicos e estudantes foi dispensada dos trabalhos e das aulas. No fim da tarde, as ruas da capital lembravam feriados e fins de semana, com tr�nsito livre e poucos pedestres. Moradores relataram tamb�m saques nas rodovias federais. Na BR-101, no trecho que passa por Recife, segundo a Pol�cia Rodovi�ria Federal, um sof� em chamas foi colocado na pista para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade, o que facilitou a a��o dos criminosos. As a��es ganharam destaque na imprensa internacional.
Com informa��es do Di�rio de Pernambuco