
Comerciantes de estabelecimentos que ficam na Rua da Consola��o, no centro de S�o Paulo, temem novos protestos com depreda��es �s v�speras da Copa do Mundo em S�o Paulo. Na noite desta quinta-feira, 15, pelo menos tr�s ag�ncias banc�rias e uma concession�ria foram depredadas ao fim de uma manifesta��o que come�ou de forma pac�fica e reuniu cerca de 1,2 mil pessoas contra a Copa do Mundo na regi�o da Avenida Paulista.
Dono de um bar e restaurante na Rua da Consola��o, Vanilson Jorge, de 44 anos, desistiu de decorar o bar e promover eventos durante os jogos da Copa do Mundo. "A gente estava pensando em decorar todo o restaurante e at� alugar um tel�o, mas, infelizmente, n�o nos sentimos seguros em abrir. Certamente fecharemos durante a Copa", disse o propriet�rio. Ele contou que, ao saber do protesto desta quinta-feira, fechou as portas �s 16h. "S� picharam a parede. J� perdi as contas de quantas vezes tive de limpar picha��es depois de protestos". L� fora, em lil�s estava escrito "N�o vai ter Copa".
A poucas quadras dali, o gerente de uma loja de lustres mostrava a grade de ferro que foi colocada na frente do vidro do estabelecimento para evitar o quebra-quebra. Normalmente, ela era posta em dias de protestos e retirada no dia seguinte, mas dessa vez, n�o deve sair t�o cedo. "Colocamos a grade ontem e s� vamos tirar depois da Copa", disse o gerente Donizete Moreira, de 58 anos.
Na manh� desta sexta-feira, 16, funcion�rios da concession�ria Hyundai que foi quebrada e pichada por manifestantes ainda trabalhavam na limpeza do local. Tr�s carros tiveram os vidros quebrados e as laterais amassadas, entre eles um Santa F� que custa, segundo funcion�rio, entre R$ 175 mil e R$ 184 mil. Nenhum respons�vel pela ag�ncia quis, entretanto, dar entrevista sobre o ocorrido.
Para Rog�rio Amato, presidente da Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), o com�rcio atualmente vive um cen�rio de incertezas. "O mercado funciona na base da confian�a. O comerciante compra o estoque ou faz uma mudan�a na fachada porque ele confia que ter� um retorno. Mas em situa��es como essa (de manifesta��es com depreda��es), eles passam a n�o confiar mais". Segundo Amato, a orienta��o de maneira geral � que, no primeiro "sinal de bagun�a", os comerciantes fechem as portas e se protejam.
Detidos
Durante a manifesta��o de ontem, sete pessoas foram detidas e um adolescente apreendido. O adolescente foi encaminhado para a Funda��o Casa e os sete detidos foram encaminhados para o 78° DP (Jardins) e liberados em seguida. Tr�s deles tiveram de assinar um Termo Circunstanciado de desacato, segundo a Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP).