A partir de 2017, o Brasil vai produzir rem�dios biotecnol�gicos 100% nacionais para o tratamento de c�ncer, artrite e outras doen�as. O termo de coopera��o foi assinado nesta quarta-feira (2) entre a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Vital Brasil, e a join-venture Bionovis (Sem, Ach�, Hypermarcas e Uni�o Qu�mica) e prev� a constru��o de uma nova f�brica, no campus da Fiocruz, em Jacarepagu�,
De acordo com o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, al�m da economia para os cofres p�blicos, a parceria, que envolve tamb�m pesquisa e desenvolvimento tecnol�gico, trar� uma s�rie de benef�cios, como desenvolvimento de novos produtos e gera��o de emprego.
“Estamos fazendo com que haja evolu��o da produ��o, do investimento, da gera��o de empregos, da cria��o de tecnologia, mas direcionada para o que a popula��o necessita” disse Gadelha. “A �rea de biof�rmacos � cada vez mais essencial para o tratamento de c�ncer e de doen�as degenerativas e s� ser� agregada como componente de direito dos cidad�os brasileiros se tivermos capacidade de produzir tais medicamentos em territ�rio nacional”, afirmou.
A f�brica, que ser� privada, receber� incentivos fiscais e deve estar conclu�da no final de 2016. Inicialmente, a unidade produzir� seis rem�dios: rituximabe, indicado para linfoma e artrite reumatoide;, etanercepte e infliximabe, ambos para artrite reumatoide; cetuximabe, trastuzumabe e bevacizumabe, usados no tratamento de c�ncer. O acordo prev� que as tecnologias dos seis insumos ser�o transferidas integralmente para o Brasil at� 2021.
Criada em 2012, com o apoio do governo federal, a Bionovis ser� a primeira empresa privada especializada em rem�dios biol�gicos. Os investimentos do grupo s�o da ordem de R$500 milh�es para os pr�ximos cinco anos. O principal comprador da empresa ser� o governo federal.
Para o presidente do Banco Nacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o pa�s deve aproveitar a expira��o de patentes de muitos desses insumos biol�gicos, prevista para os pr�ximos anos, para produzi-los nacionalmente. “Os rem�dios com base biotecnol�gica j� representam quase 60% do total de medicamentos do sistema global. Uma parcela relevante dessas patentes expirar�o nos pr�ximos sete oito anos e geram uma oportunidade quase imperd�vel para o desenvolvimento de biossimilares”, disse ele.
O laborat�rio Bionovis pleiteou financiamento ao banco para o projeto, mas ainda n�o obteve resposta.
Segundo o representante do Minist�rio da Sa�de, Carlos Gadelha, aproximadamente 4% dos medicamentos comprados pela pasta s�o biol�gicos e esse percentual representa cerca de 50% do valor de tudo o que o minist�rio compra com insumos m�dicos.
Este foi o primeiro registro concedido pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para o desenvolvimento de um medicamento biol�gico em uma parceria p�blico-privada no Brasil. A Fiocruz produz alguns insumos biol�gicos para vacinas e outros medicamentos. Os medicamentos biotecnol�gicos movimentam US$ 160 bilh�es no mundo e R$ 10 bilh�es no Brasil.