Cinco meses ap�s ter iniciado o "bombardeio" de nuvens para tentar fazer chover no Sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) vai repetir a estrat�gia no Alto Tiet�, que tamb�m passa por grave crise de estiagem. A concession�ria assinou um novo contrato com a empresa Modclima, no valor de R$ 3,68 milh�es, para induzir chuvas artificiais sobre as represas do segundo maior manancial da Grande S�o Paulo, que estava ontem com apenas 22,2% da capacidade.
Para a concession�ria, "esse resultado j� justifica a contrata��o do servi�o" para o Sistema Alto Tiet�, mas n�o impediu o esgotamento do Cantareira. No in�cio dos bombardeios de nuvens, que devem custar R$ 4,48 milh�es por dois anos, o principal manancial paulista estava com cerca de 20% da capacidade de seu volume �til. Em cinco meses de sobrevoos, apenas em mar�o a pluviometria acumulada no m�s ficou acima da m�dia hist�rica.
Resultado: no dia 10 deste m�s, o sistema se esgotou e s� continuou operando com a retirada de �gua do volume morto, reserva abaixo do n�vel das comportas.
Segundo a Sabesp, o sobrevoo depende das condi��es clim�ticas e da forma��o das nuvens. "H� um monitoramento constante e di�rio e acompanhamento por radares para identificar potenciais nuvens com capacidade de provocar chuvas exatamente na �rea das represas", informou a companhia.
O contrato de chuva artificial para o Alto Tiet� tamb�m tem prazo de dois anos e come�ou a ser executado neste m�s, depois que o Estado revelou que o sistema que abastece cerca de 4 milh�es de pessoas na Grande S�o Paulo tamb�m apresentava baixo �ndice pluviom�trico, queda no n�vel das represas e alto risco de esgotamento neste ano. Ap�s negar a crise, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta semana que tamb�m vai utilizar 25 bilh�es de litros do volume morto do Alto Tiet�, o que deve garantir menos de um m�s de sobrevida ao manancial.