
Em meio a queda nas corridas e den�ncias de concorr�ncia desleal, 72% dos taxistas brasileiros se dizem contra a legaliza��o do aplicativo Uber, ferramenta que oferece viagens remuneradas com carros luxuosos em v�rias cidades do pa�s. O dado � de uma pesquisa in�dita divulgada nesta quinta-feira pela Confedera��o Nacional do Transporte com informa��es gerais sobre o profissional e a atividade. Foram entrevistados 1.001 taxistas nas principais regi�es metropolitanas de 12 estados.
Segundo o levantamento, a maioria dos entrevistados (94,9%) acredita que houve diminui��o na demanda por seus servi�os no ano passado. Apesar da concorr�ncia com o Uber, 43% dos taxistas consideram a crise econ�mica o principal motivo para a queda na demanda em 2015. Al�m desses problemas, tamb�m foram apontados o impacto do alto pre�o do combust�vel na atividade e o excesso de burocracia para obter a permiss�o para exercer a profiss�o.
Entre os 92,1% que j� ouviram falar do Uber, 59,9% consideram a possibilidade de oferecer um servi�o diferenciado em seu t�xi para torn�-lo mais vantajoso na concorr�ncia com o aplicativo. Nas cidades onde o servi�o opera (Belo Horizonte, Bras�lia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, S�o Paulo), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua atividade devido a esse servi�o, pois houve diminui��o de passageiros.
Entre os pontos positivos citados em rela��o � profiss�o, 62,3% alegam ter autonomia para definir o hor�rio de trabalho e 40,7% gostam da flexibilidade da jornada. Mas 74,6% consideram a profiss�o perigosa e 51,4%, desgastante. Ao comentar sobre os riscos, 28,5% disseram ter sido v�timas de assalto pelo menos uma vez nos �ltimos dois anos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 14 de novembro de 2015 em locais de grande fluxo de taxistas, como regi�es centrais, aeroportos, esta��es rodovi�rias, de metr�s e de trens urbanos.