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Estado de Minas

Mobiliza��o de combate ao mosquito da dengue tem pouco efeito na capital mineira

Moradores do Bairro Nova Vista, na Regi�o Leste de BH, criticam que mobiliza��o nacional de ontem contra o Aedes aegypti n�o surtiu efeito e cobram medidas mais efetivas do governo


postado em 15/02/2016 00:12 / atualizado em 15/02/2016 07:42

Um dia depois de a mobiliza��o nacional de combate ao Aedes aegypti passar por Belo Horizonte, a realidade no Bairro Nova Vista, na Regi�o Leste de BH, continua a mesma. No s�bado, quando 220 mil militares e o alto escal�o do governo federal se mobilizaram pa�s afora, o bairro, com alto �ndice de infesta��o do mosquito, recebeu a visita do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, do prefeito da cidade, M�rcio Lacerda, de agentes sanit�rios e de militares do Ex�rcito, que distribu�ram panfleto sobre os cuidados com o inseto. Vinte quatro horas depois da passagem ilustre, moradores dizem que n�o houve efeito. Temem o Aedes e cobram a��es efetivas do poder p�blico


A 50 metros de onde discursou o ministro Nelson Barbosa e tamb�m o prefeito da cidade, moradores n�o viram nem sabiam que, ali, houve mobiliza��o. �s 9h do s�bado, as duas autoridades, em um encontro com agentes sanit�rios e a imprensa, discursaram dentro do posto de sa�de S�o Jos� Oper�rio. A unidade, inclusive, chegou a ser pintada �s pressas para a chegada de Barbosa. No bairro j� s�o 183 casos notificados este ano, sendo 27 confirmados para a dengue. Na Regi�o Leste, at� ontem, havia 375 confirma��es. Na capital mineira, j� s�o 2,3 mil casos e duas mortes causadas pelo Aedes.

Ontem, Fl�via Mendes da Silva, de 30 anos, que mora a menos de 50 metros do posto, disse que soube da campanha e n�o viu resultados. Inclusive, sua filha de 1 ano teve dengue na semana passada e a unidade de sa�de, a mesma que o ministro visitou, n�o atendeu a menina por falta de pediatra.

“A �nica coisa que fizeram foi me mandar ir para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde nem sequer fizeram o teste na minha filha. Tive que ir para o hospital infantil estadual, para ent�o trat�-la. N�o adianta virem aqui e entregar papel para n�s, isso vai virar sujeira na rua. Precisamos, mesmo, de a��es efetivas e de melhores atendimentos”, cobra, contando que, no s�bado, no mesmo dia da mobiliza��o, ela come�ou a sentir dor de cabe�a e no corpo. “Quase todos os meus vizinhos est�o ou tiveram dengue. Est� ruim demais.”

DE FORMA PONTUAL A cr�tica de Fl�via � a mesma de especialistas, conforme o Estado de Minas mostrou na edi��o de ontem. Segundo o infectologista Carlos Starling, “panfleto n�o mata mosquito”. Ele cobra a estrutura��o do Sistema �nico de Sa�de (SUS) para o enfrentamento do problema. “N�o � de uma forma pontual que solucionamos esse desafio de d�cadas. Vivemos uma epidemia da maior seriedade. Temos tecnologia que poderia ser usada nesse combate”, comenta.

No s�bado, militares da Aeron�utica, Ex�rcito e Marinha percorreram, segundo o governo federal, 3 milh�es de casas no pa�s. Em Minas, foram 11 mil soldados envolvidos. A inten��o da mobiliza��o era informar a popula��o sobre o mosquito-da-dengue, mas, conforme lembrou o infectologista Ant�nio Carlos Toledo, o problema da dengue n�o � a informa��o. “Os moradores est�o conscientes, mas o resto eu n�o sei”, comenta a vendedora e moradora do Bairro Nova Vista Neide Azevedo, de 56. No s�bado, ela n�o estava em casa e tamb�m n�o teve informa��o de como foi a passagem do ministro pela sua rua.

Neide � transplantada e tem muito medo de ser picada pelo Aedes. “Aqui, na nossa rua, ningu�m veio”, comenta Eduarda Neves, que n�o recebeu panfleto no s�bado nem a visita de militares. Por�m, na �ltima semana, ela teve dengue, assim como a sua m�e. Ambas moram a menos de 50 metros do posto de sa�de. “Tamb�m soube dessa mobiliza��o por aqui, mas n�o vieram � minha casa. Estamos tendo muito cuidado, mas a consci�ncia tem que ser de todos”, afirma Bianca Silva, de 18,  moradora do Bairro Nova Vista.

 


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