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Estado de Minas

Pol�cia Federal n�o encontra ind�cios de terrorismo e liberta paquistan�s

Desde ent�o, familiares e amigos n�o t�m not�cias dele. A esposa desmente a vers�o dada pelo pr�prio homem a delegado diz que ele nunca falou sobre bombas


postado em 12/07/2016 07:43 / atualizado em 12/07/2016 09:15

Rashad na frente da PF: de Maria da Penha a suposto terrorista(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Rashad na frente da PF: de Maria da Penha a suposto terrorista (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Depois de quase 24 horas, o paquistan�s detido suspeito por terrorismo acabou liberado da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Bras�lia. No domingo, Rashad Sohail, 32 anos, mobilizou as for�as policiais ap�s ser alvo, inicialmente, de uma den�ncia de Maria da Penha. Ao ser levado para a delegacia, o homem teria comentado que tinha o objetivo de causar uma explos�o no Aeroporto Internacional de Bras�lia. A esposa acionou a Pol�cia Militar e afirmou que o marido estava transtornado. Por esse motivo, estava com medo de entrar na casa em que moram em S�o Sebasti�o, no DF. Ela, por�m, desmente a inten��o de um ato terrorista. “Ele estava conturbado, mas n�o falou de bomba comigo em nenhum momento”, defende a dom�stica Ant�nia Soares de Oliveira, 35, contrariando informa��es dadas pela pol�cia.

Rashad foi liberado ap�s a Pol�cia Federal n�o identificar qualquer ind�cio que o incrimine como um terrorista. A confirma��o veio com depoimentos do casal e de outros parentes. O fato de a Pol�cia Militar n�o ter encontrado nenhum artefato na casa do suspeito refor�ou a tese, que o homem n�o tinha envolvimento com algum tipo de crime. De qualquer forma, o aeroporto sofreu uma varredura, e nada foi encontrado. A PF esclareceu n�o ter instaurado inqu�rito policial sobre o caso. Na Pol�cia Civil, houve o registro de ocorr�ncia de amea�a, com base na Lei Maria da Penha. A v�tima, por�m, n�o se apresentou para que a suposta amea�a seja apurada — o que pode ser feito no prazo de seis meses. No depoimento ao delegado Marcelo Portela, da 6ª DP, Rashad afirmou que detonaria explosivos no aeroporto da capital.

O paquistan�s reside no Brasil h� dois anos, quase o mesmo tempo de casamento. Desde que recebeu a libera��o, familiares e amigos n�o t�m no��o do paradeiro dele. Dois dias antes de ser detido, o homem teria comprado dois chips de celular. “Ele disse que estava sendo perseguido pela PF. Quando veio aqui, me pareceu bem transtornado. A situa��o foi estranha. Rashad nunca deu nenhum ind�cio de problemas ou rela��o com terrorismo”, contou o ex-patr�o dele, Ivo Costa, 38 anos, dono de uma oficina em Samambaia. Segundo o empres�rio, o homem pediu desligamento em maio, alegando que voltaria para o pa�s de origem. Rashad compareceu no estabelecimento para pegar uma encomenda na quinta-feira. “Estamos surpresos com isso. Ele sempre pareceu t�o calmo”, detalhou Ivo.

Segundo a esposa, ele estava com uma viagem agendada na �ltima quinta-feira para S�o Paulo, de onde seguiria para o Paquist�o. “Ele tinha chegado h� menos de um dia da capital paulista. Foi l� buscar uma mercadoria no aeroporto. Estava com a inten��o de mexer com revenda de aparelhos odontol�gicos, mas n�o conseguiu trazer os produtos. Quando o vi, percebi que estava transtornado. Na quarta-feira, dormi na casa da minha patroa. Na quinta, alertei sobre os hor�rios e ele perdeu o voo”, detalhou Ant�nia, companheira de Rashad. Com isso, a viagem acabou remarcada para ontem. A partida para o pa�s natal seria hoje, do Aeroporto Internacional de Guarulhos. “Percebi que ele estava conturbado; por isso, fiquei com medo de ir em casa. Como ele j� ia viajar, acionei a PM, mas em nenhum momento ele amea�ou me matar”, disse a esposa.


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