Em site oficial, Farc negam v�nculo com fac��es brasileiras

S�o Paulo, 07 - As For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc) divulgaram em seu site oficial um comunicado em que negam acusa��es de v�nculo com "organiza��es mafiosas vinculadas ao narcotr�fico" no Brasil. No texto, assinado pelo Secretariado Nacional das Farc, o grupo diz que, "baseados em uma mentira, (os meios de comunica��o) agora querem responsabilizar nossa organiza��o guerrilheira pelo espantoso massacre de 56 pessoas".

Em den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico Federal, no �mbito da Opera��o La Muralla, os investigadores detalham a rela��o da fac��o Fam�lia do Norte (FDN) - respons�vel pelas mortes no Complexo Penitenci�rio An�sio Jobim (Compaj) - com fornecedores de drogas ligados �s Farc. Para os procuradores federais, a proximidade entre os traficantes da FDN com a guerrilha facilitou o acesso da fac��o �s drogas e armas oriundas da regi�o de fronteira entre Brasil, Peru e Col�mbia.

Segundo as Farc, diversos meios de comunica��o do Brasil e ag�ncias internacionais de imprensa t�m difundido um suposto informe da Promotoria de Manaus, capital do Estado do Amazonas, de 2014, que trata de vincular as Farc com organiza��es mafiosas vinculadas ao narcotr�fico. "Baseados nessa mentira, agora pretendem responsabilizar a nossa organiza��o guerrilheira pelo espantoso massacre de 56 pessoas, ocorrido entre os dias 1º e 2 de janeiro", diz o texto, em refer�ncia �s mortes na penitenci�ria de Manaus.

O texto qualifica ainda como "m�-f�" ou "ignor�ncia" reportagem de ag�ncia internacional que responsabiliza o grupo colombiano "em fato que recha�amos e condenamos porque ferem a consci�ncia dos povos civilizados do mundo".

As Farc dizem ainda que as autoridades brasileiras devem investigar as causas do massacre e apurar os respons�veis para tomar medidas que impe�am "a repeti��o destes lament�veis fatos". A nota ainda presta solidariedade aos familiares e amigos dos mortos no massacre.

Anistia

No fim do ano passado, o Congresso da Col�mbia aprovou uma lei de anistia a guerrilheiros das Farc. O novo pacto mant�m aberta a porta da pol�tica para os membros das Farc e n�o enquadra o narcotr�fico como crime de lesa humanidade. Pelo novo tratado, a pr�tica do narcotr�fico s� n�o ter� anistia caso o combatente a tenha usado para enriquecimento pessoal.