
S�o Paulo, 08 - O estatuto da fac��o Primeiro Comando da Capital (PCC), apreendido na Penitenci�ria Agr�cola de Monte Cristo (Pamc), � direto: "n�o somos s�cios de um clube e sim integrantes de uma organiza��o criminosa". O documento tem 18 artigos e est� escrito a m�o em folha de caderno.
Os escritos constam de den�ncia que o Minist�rio P�blico de Roraima apresentou � Justi�a em novembro de 2014. Naquele ano, a Promotoria j� alertava para o ‘Tribunal do Crime’ instalado pelo PCC no sistema prisional do estado, inclusive na Monte Cristo em que, na madrugada de sexta-feira, 6, 31 prisioneiros foram massacrados - assassinos enlouquecidos de �dio cortaram cabe�as e arrancaram cora��es de suas v�timas.
A acusa��o define o PCC como ‘verdadeiro grupo de exterm�nio’. “A fac��o em comento � altamente estruturada, sendo que seus integrantes frequentemente mencionam um c�digo de “conduta” e “�tica” do crime, que deveriam seguir, tanto que o descumprimento das normas do estatuto � punido at� mesmo com a pena de morte, denominada por eles de “xeque-mate”, afirma a Promotoria.
Durante a investiga��o, o Minist�rio P�blico de Roraima identificou grampos que tratavam de julgamento e puni��o dos membros do PCC por descumprimento do estatuto.
O artigo I � claro. “Todos os integrantes devem lealdade e respeito ao PCC.”
A regra seguinte aponta para a luta por ‘paz, justi�a, liberdade, igualdade e uni�o, visando crescimento da nossa organiza��o, respeitando sempre a �tica do crime’.
Em seu artigo VI, o estatuto do PCC apreendido na Monte Cristo afirma n�o admitir como integrantes ‘estrupadores (sic), homosexualismo (sic), pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opress�o, chantagens, estor��es (sic), inveja, cal�nia e outros atos que ferem a �tica do crime’.
Desde que foi deflagrada a cis�o entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) as mortes de presos em Roraima aumentaram assustadoramente. Pelos c�lculos oficiais, o PCC j� matou mais de 44 presos na Penitenci�ria Agr�cola de Roraima nos �ltimos tr�s meses. As primeiras mortes aconteceram no dia 16 de outubro de 2016, quando 10 presos pertencentes � fac��o CV, foram decapitados e carbonizados.