As mulheres e m�es de policiais militares que est�o acampadas h� oito dias em frente aos batalh�es do Esp�rito Santo impedindo a sa�da de viaturas continuam seu protesto na manh� deste s�bado (11). Elas dizem que n�o v�o recuar do ato por melhores sal�rios e permanecem em frente aos quart�is bloqueando a sa�da dos policiais.
�s 8h, dezenas de policiais que estavam na rampa de acesso ao batalh�o e esperavam para sair retornaram ao pr�dio do Comando-Geral. Aos gritos de “guerreiros”, eles foram muito aplaudidos pelas manifestantes. As viaturas do Batalh�o de Miss�es Especiais (BME), elite da PM do estado, tamb�m permanecem dentro do quartel.
O governo do Esp�rito Santo anunciou na noite dessa sexta-feira a assinatura de um acordo com as associa��es que representam os policiais militares capixabas para suspender a paralisa��o dos agentes e para que eles retonassem suas atividades neste s�bado, a partir das 7h. O governo informou que aqueles que retornassem at� este hor�rio n�o seriam punidos administrativamente.
Reajuste
As mulheres dos policiais n�o participaram da negocia��o com o governo. No acordo firmado na noite de ontem, o governo n�o concedeu aumento salarial. Na proposta apresentada pelas mulheres, elas pediam 20% de reajuste imediato e 23% de reajuste escalonado.
A aposentada Carmen Pesse, de 57 anos, m�e de um policial militar de 41 anos, que est� h� 19 anos na corpora��o, disse que as mulheres v�o continuar na luta por melhores sal�rios para os PMs. “As entidades de classe n�o estavam na organiza��o. � um movimento de mulheres e familiares. O governador n�o poderia chamar as entidades para negociar sem a nossa presen�a”, disse Carmen.
“Se essas entidades realmente estivessem lutando por seus associados n�o precisava os familiares estarem entrando nessa luta. Quando, n�s mulheres, decidimos vir para essa luta, a gente sabia que ia enfrentar muita coisa. Estamos preparadas”, acrescentou.
Pelo acordo, segundo o secret�rio Direitos Humanos, Julio Pompeu, os militares n�o sofrer�o san��es administrativas caso voltem ao trabalho, mas o indiciamento de 703 policiais pelo crime militar de revolta n�o ser� suspenso. Se condenados, a pena � de oito a 20 anos de deten��o em pres�dio militar e a expuls�o da corpora��o. Esses policiais tiveram o ponto cortado desde s�bado (4) e n�o v�o receber sal�rio.