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Estado de Minas

Onda de viol�ncia no Esp�rito Santo faz mineiros 'sumirem' de Guarapari

Uma semana de greve dos policiais militares capixabas causou muitos preju�zos para comerciantes e donos de im�veis para aluguel no balne�rio. Turistas sumiram diante da onda de viol�ncia que assolou o estado


11/02/2017 06:00 - atualizado 11/02/2017 08:01


Guarapari (ES) – “Os mineiros respondem por cerca de 80% dos pratos servidos, mas esta semana vendi pouco, pois a greve da Pol�cia Militar do Esp�rito Santo afastou os turistas”, queixou-se Jandir J�nior, dono de um restaurante em Guarapari, ontem, antes do fim da greve dos policiais no estado. Em dezembro de 2014, Orly Gomes, prefeito do balne�rio, criou grande pol�mica ao dizer que a cidade deveria selecionar seus visitantes. O recado foi, sobretudo, para moradores de BH e interior, de onde sai a maioria dos veranistas. Orly defendeu a cobran�a de taxas das empresas de �nibus e dos donos que alugam casas de veraneio para “qualificar” o turismo. “Seria melhor ter 100 mil pessoas que gastassem R$ 200 por dia do que 1 milh�o gastando apenas R$ 40 por dia”, disse o pol�tico, � �poca, sob alega��o de que a prefeitura e a iniciativa privada precisavam justificar os investimentos no setor.

Dois anos e um m�s depois, a greve de uma semana de policiais militares capixabas, encerrada ontem � noite, abriu a porteira para mais de 120 assassinatos e mostrou o quanto o mineiro � essencial para a economia do balne�rio. Os comerciantes que decidiram abrir as lojas ontem lamentaram a aus�ncia de quem n�o saiu de Minas por causa da criminalidade no estado capixaba.

'Recebi três telefonemas de mineiros , esta semana, cancelando aluguel de imóveis de veraneio', diz Júlio César Lima
"Recebi tr�s telefonemas de mineiros , esta semana, cancelando aluguel de im�veis de veraneio", diz J�lio C�sar Lima (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
“O mineiro representa tudo para Guarapari. O ex-prefeito foi infeliz na fala, disse sem pensar”, avaliou o corretor J�lio C�sar Lima. Mas os mineiros n�o deixaram de ir ao balne�rio por causa da tese do pol�tico. Entretanto, muita gente que havia programado chegar esta semana ao litoral mudou de ideia em raz�o da paralisa��o da PM. “Recebi tr�s telefonemas de mineiros, esta semana, cancelando aluguel de im�veis de veraneio”, disse o corretor. Por ironia, ele deixou BH, onde nasceu, por medo da viol�ncia. L� se v�o 14 anos.

O ponto comercial de J�lio C�sar � vizinho � farm�cia onde Ant�nio Carlos Barbosa ganha a vida como balconista. Ele tamb�m torcia pelo  fim r�pido da greve dos militares. “Mineiro ‘manda’ na Praia do Morro (a mais movimentada da cidade). Mas as vendas ca�ram pela metade esta semana. Boa parte porque os mineiros n�o vieram em quantidade esperada”, calculou Ant�nio, acrescentando que “todos podem comer farofa (na praia)”.

'Acho que trocaram a fechadura do meu apartamento. Talvez o invadiram', diz Fernando Nunes da Silva
"Acho que trocaram a fechadura do meu apartamento. Talvez o invadiram", diz Fernando Nunes da Silva (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O ex-jogador de futebol Fernando Nunes da Silva, morador em Bocaina de Minas (Regi�o Sul), � dono de um apartamento em Guarapari e n�o tem problema em levar lanche para a praia. Ele chegou ontem ao balne�rio e se surpreendeu com a quantidade de banhistas: “H� pouco se comparado com outros dias”. Fernando, que se orgulha em dizer que foi campe�o baiano em 1964, precisou de ajuda militar. “Acho que trocaram a fechadura do meu apartamento. Talvez o invadiram. N�o h� PM para me ajudar. Tor�o para estar tudo normal no im�vel.”
'Mineiro 'manda' na Praia do Morro. Mas as vendas caíram pela metade esta semana', afirma Antônio Carlos
"Mineiro 'manda' na Praia do Morro. Mas as vendas ca�ram pela metade esta semana", afirma Ant�nio Carlos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 


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