
Na noite dessa sexta, pais de alunos, ex-alunos e vizinhos participaram de uma vig�lia em frente ao Col�gio Goyazes, considerado tradicional na capital goiana e refer�ncia na capital.
Bom aluno e escola tradicional
A escola particular funciona h� cerca de 25 anos no mesmo bairro, com turmas do maternal ao 9ª ano do ensino fundamental. De acordo com estudantes que estavam no local e n�o quiseram se identificar, v�rios dos alunos da turma v�tima do ataque est�o na escola desde a primeira inf�ncia.
Os dois filhos de Sandra Oliveira Santos foram alunos do col�gio, um deles por dez anos. “N�s estamos dando for�a para a Tia Rose, para ela entender que estamos do lado dela”, disse a m�e dos ex-alunos. Tia Rose � o apelido da diretora do col�gio.
Por conhecer os professores e a dire��o, Sandra acredita n�o ter havido neglig�ncia no caso de bullying relatado pelo adolescente. “A escola tem um sistema bem atualizado em pedagogia, os professores s�o preparados, a Tia Rose faz quest�o de trazer projetos inovadores, eu sou coparticipante desses projetos de educa��o, sei que n�o deixou de haver projeto de discuss�o de bullying”.
De acordo com o delegado do caso, Luiz Gonzaga, em conversas preliminares na tarde de sexta-feira, pais e professores relataram que o estudante autor dos disparos � bom aluno. “Conversei com o pai, com membros da escola, a coordenadora e professores, era um �timo aluno, com �timas notas, nada que denotasse uma pr�tica de um crime t�o grave”, afirmou. A rela��o com os pais, segundo o depoimento do estudante, tamb�m era boa.
“Este � um caso pontual, temos de entender como um caso pontual, o adolescente agiu com certeza em desequil�brio emocional, talvez, como ele diz, inspirado em outras trag�dias e, claro, segundo ele, motivado por um bullying de um colega espec�fico. Ele resolveu matar esse colega”, relatou o delegado respons�vel por ouvir o adolescente, que foi atendido na presen�a de seu advogado. O pai dele tamb�m estava presente na oitiva e ambos confirmaram, sem detalhes, que o estudante j� passou por tratamento psicol�gico.
O jovem tamb�m afirmou no depoimento que n�o procurou professores ou a coordenadora da escola para relatar a situa��o de bullying que sofria. Os professores confirmaram ao delegado que n�o receberam queixas deste tipo por parte do adolescente.
Todos os envolvidos devem ouvidos novamente pela pol�cia, inclusive o adolescente, que foi apreendido em flagrante delito, de acordo com o delegado do caso. O resultado da investiga��o ser� remetido para o Minist�rio P�blico.