postado em 05/06/2019 12:07 / atualizado em 05/06/2019 12:14
(foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press )
Um levantamento do Atlas da Viol�ncia de 2019, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) e pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica aponta que em 2017, o Brasil teve 65.602 pessoas assassinadas. Trata-se do maior n�vel hist�rico de letalidade violenta intencional no pa�s.
Outro retrato da pesquisa mostra que as mortes violentas acometem principalmente a popula��o masculina jovem entre 15 a 19 anos. Os negros representam 75,5% das v�timas de homic�dio. Para essa parcela da popula��o, a taxa de mortes chega a 43,1 por 100 mil habitantes - para n�o negros, a taxa � de 16.
Apesar de as v�timas negras corriqueiramente serem maioria nos registros, o dado de 2017 mostra que essa preval�ncia tem crescido. Em 2007, por exemplo, os negros eram 63,3% dos assassinados, propor��o que aumentou continuamente at� atingir os 75,5% em 2017 - foram 49,5 mil homic�dios contra negros naquele ano e 16 mil de n�o negros.
(foto: Atlas da Viol�ncia 2019 )
O estudo foi divulgado, nesta quarta-feira (5/6), com base no Sistema de Informa��es sobre Mortalidade, do Minist�rio da Sa�de. Esse � o maior n�vel hist�rico de letalidade violenta intencional no pa�s, que atingiu uma taxa de 31,6 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.
Influ�ncia na economia
O impacto da viol�ncia no pa�s pode ser sentido na economia. O Ipea apontou que os gastos relacionados � viol�ncia correspondem a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s.
Outro ponto do estudo mostra que mortes por arma de fogo cresceram em 6%. Tamb�m houve um aumento nos homic�dios de mulheres em 2017 – fen�meno j� registrado pelo Monitor da Viol�ncia. S�o 4.936 mulheres v�timas. A taxa passou de 3,9 para 4,7 assassinadas a cada 100 mil.
O Atlas revela ainda o perfil dos homic�dios no pa�s, analisando os 618 mil assassinatos praticados no Brasil entre 2007 e 2017: 92% das v�timas eram homens, e apenas 8% mulheres. A maior parte possu�a baixa escolaridade: 74,6% dos homens e 66,8% das mulheres v�timas tinham at� sete anos de estudo.