
O brasileiro Jackson da Silva de Paula, de 29 anos, foi apontado como chefe do bando. Ele participou do motim em que dez integrantes de um cl� rival foram assassinados pelo PCC, em junho �ltimo.
Segundo a pol�cia paraguaia, os membros do PCC conseguiram armas e atacaram o setor administrativo da pris�o, onde estava o chefe da seguran�a, Miguel Medina, tomado como ref�m.
Houve rea��o e o subchefe dos guardas, Juan Chaparro, e o agente Ant�nio Martinez, foram baleados. Os tr�s criminosos, dois deles paraguaios, fugiram em um autom�vel BMW levando o ref�m, mas o carro quebrou. Usando Medina como escudo, os fugitivos se esconderam em uma mata, onde foram cercados pelos policiais.
Ap�s tr�s horas de negocia��o, com a presen�a de representantes do Minist�rio P�blico, os presos se renderam e entregaram as armas - duas pistolas e uma espingarda retirada de um guarda.
Os membros da fac��o foram levados para celas de isolamento. O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, elogiou a atua��o da pol�cia, por ter conseguido a liberta��o do ref�m e a pris�o dos criminosos sem confronto.
Perigosos
Os tr�s presos do PCC recapturados s�o considerados de alta periculosidade. O brasileiro Jackson foi preso em outubro por assaltos. Em junho deste ano, ele foi acusado de comandar o motim que resultou na chacina, pelo PCC, de dez integrantes do cl� Rotela, na penitenci�ria de San Pedro del Ycuamandy�.
O paraguaio Walter Dario Ayala, de 26 anos, era o 'bra�o direito' do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenez Pav�o, quando este cumpria pena na penitenci�ria de Tacumbu.
Quando saiu a pris�o, em 2016, por ordem de Pav�o, o paraguaio batizado pelo PCC organizou o atentado que matou um agente penitenci�rio e o filho dele, em Lambar�. Pav�o foi extraditado para o Brasil em 2018.
O terceiro homem, o paraguaio Raul Leiva Piatti, de 29 anos, foi preso em 2018, acusado de assalto a caminhoneiros. Ele fugiu em 2015 quando era levado para o tribunal, ap�s render os seguran�as com um punhal, mas foi recapturado.
Em maio deste ano, intercepta��es telef�nicas feitas pela pol�cia paraguaia revelaram que membros do PCC planejavam explodir a penitenci�ria de Cambyret�, a mesma onde aconteceu o motim. O objetivo seria resgatar dois l�deres da fac��o presos por tr�fico de drogas. O plano de resgate estava sendo articulado pelo preso Ren� Hoftestter, paraguaio recrutado pelo PCC brasileiro. Hofstetter cumpre pena de 12 anos pelo assassinato do filho do ex-deputado Luis Felipe Villamayor.
O PCC consolidou sua presen�a no Paraguai nos �ltimos cinco anos para controlar o tr�fico de drogas na fronteira com o Brasil.
Os membros presos atuam nos pres�dios cooptando os detentos paraguaios. Conforme o ministro do Interior, apesar da expuls�o de ao menos 80 integrantes da fac��o brasileira nos �ltimos anos, cerca de 400 presos, a maioria paraguaios, seriam do PCC e controlam outros detentos nas pris�es.