(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Eu me sinto v�tima de um inimigo invis�vel', diz mineira que mora na It�lia

Empres�ria de Nova Lima, que vive na Lombardia, regi�o italiana mais afetada pelo novo coronav�rus, conta que o medo da epidemia deixa as ruas vazias e j� falta comida nos supermercados


postado em 27/02/2020 18:07 / atualizado em 27/02/2020 18:36

(foto: AFP)
(foto: AFP)
Apreens�o, ruas vazias e falta de produtos nos mercados. � assim que a empres�ria Nat�lia Juliana Matos, de 40 anos, mineira de Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, descreve a situa��o na It�lia, onde vive h� cerca de sete anos, com a expans�o do novo coronav�rus no pa�s.

 

“� muito estranho relatar sobre esse v�rus t�o assustador. Eu me sinto v�tima de um inimigo invis�vel”, conta. Ela mora na cidade de Arona, de 15 mil habitantes, na Lombardia, no Norte do pa�s, a regi�o italiana mais afetada pelo COVID-19. Com 650 casos registrados e 17 mortes, a It�lia � a na��o mais prejudicada pela epidemia na Europa.


Nat�lia relata que n�o se encontra mais nos supermercados produtos aliment�cios como massas, carnes e leite, al�m de itens de limpeza, como �lcool e desinfetantes. “O governo cogitou fechar alguns portos. H� uma cidade, Codogno, que fica a 100 quil�metros da minha casa, que est� em quarentena”, afirma. De acordo com a mineira, n�o h� casos confirmados ou suspeitos na cidade em que ela mora. Mas os munic�pios s�o muito pr�ximos, o que n�o diminui o medo de contamina��o.

Outra consequ�ncia do coronav�rus, segundo Nat�lia, � o receio das pessoas de sa�rem na rua. Como as escolas e faculdades est�o fechadas, os dois filhos da empres�ria est�o em casa desde a semana passada. “O governo ficou de se pronunciar nesta sexta-feira sobre a volta das aulas. Mas acredito que n�o voltar�o”. Enquanto isso, as pessoas n�o falam com as outras e procuram fazer as tarefas fora de casa o mais r�pido poss�vel. “Para abastecer o carro as pessoas s� descem quando todo mundo j� foi embora”, diz.

Nat�lia mora na It�lia desde 2013 e diz que apenas enfrentou situa��o de tens�o similar entre 2015 e 2016, quando uma s�rie de atentados aterrorizaram a Europa. “Mas naquela �poca a gente tinha uma certa seguran�a porque o Ex�rcito estava na rua”, afirma. A empres�ria pensou em mandar os filhos para fora do pa�s. A solu��o que ela encontrou para n�o pensar no v�rus � se distrair com um livro ou filme. “Quando eu fecho os olhos pe�o muito a Deus para que o planeta possa se curar. S� a f� nessas horas porque a gente n�o tem o que fazer”, afirma.

A mineira acredita que o governo italiano poderia ter tomado mais provid�ncias, especialmente para controlar o n�mero de voos que chegaram no pa�s. “Foi uma falha, mas tamb�m era quase imposs�vel controlar todas as pessoas que entram e saem do pa�s. Mas agora o que pode ser feito eles est�o fazendo”, avalia Nat�lia. Ela espera que outros governos, como o brasileiro, observem os erros cometidos e possam tomar as decis�es certas para conter o avan�o do v�rus pelo mundo.

Mesmo apreensiva, a empres�ria conta que alguns fatores ajudam a reduzir o medo. M�dicos e cientistas explicaram em programas de TV que a gripe mata mais do que o novo coronav�rus. Na tarde desta quinta-feira (27), o n�mero de casos registrados de contamina��o pelo novo coronav�rus na It�lia subiu para 650. J� o n�mero de mortes saiu de 15 para 17.
 
A regi�o da Lombardia, no Norte do pa�s, onde fica Mil�o, registra mais de 300 casos e � a mais afetada. Outras �reas impactadas s�o Veneto,Em�lia-Romanha e Liguria. Com mais casos se espalhando fora da China do que dentro do pa�s asi�tico, a It�lia � um dos pa�ses com a situa��o mais alarmante entre os afetados pela epidemia do COVID-19.
 
*estagi�rio sob supervis�o da sub-editora Marta Vieira 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)