
"A inova��o � na metodologia de realiza��o das testagens. A nova abordagem vai acelerar o protocolo de testes RT-PCR, pois permite a avalia��o em pool, e n�o individual, da presen�a do v�rus", disse um dos l�deres do projeto na Petrobras, Rubens Akamine.
A nova metodologia, batizada de "pooling multiplex", prev� a an�lise, em tempo real, das amostras para detec��o da COVID-19 num mesmo grupo de pessoas - de uma mesma empresa, por exemplo. Com esse formato, o laborat�rio ainda otimiza a quantidade de reagentes qu�micos nos ensaios - de tr�s para apenas um - e aumenta a escala das testagens, barateando o processo. Outro ganho � o melhor aproveitamento da infraestrutura de laborat�rios.
"Para se ter uma ideia, uma m�quina de testes RT-PCR consegue fazer 1.500 testagens por dia, ao passo que a nova abordagem permitir� a realiza��o de at� 15 mil testes diariamente", explica a Petrobras em nota, observando que essa estimativa � conservadora, com possibilidade de aumentar em at� 24 vezes o n�mero de testes.
A expectativa � de que os novos testes sejam implementados nos pr�ximos meses e a inten��o � tornar vi�vel a testagem em massa no Pa�s, informa a Petrobras.
"O Brasil enfrenta dois problemas: a demanda por testes supera a capacidade de execu��o e os pre�os s�o muito altos. Com o multiplex, o ganho em escala ser� muito maior. Nosso objetivo � reduzir a depend�ncia � importa��o e ajudar a virar o jogo no combate � pandemia", disse o l�der de produ��o das esteiras t�cnicas da frente cient�fica de combate ao coronav�rus na Petrobras, Andr� Concatto.
O aumento de casos de COVID-19 na Petrobras tem trazido preocupa��o aos trabalhadores da empresa, com os n�meros de contaminados subindo diariamente, principalmente nos que t�m acesso a plataformas de explora��o e produ��o offshore. Segundo o Minist�rio de Minas e Energia (MME), at� segunda-feira j� eram 806 os contaminados pelo coronav�rus na estatal, entre empregados e terceirizados.
A nova metodologia ser� aberta, para poder ser aplicada em outros laborat�rios no Pa�s e no mundo. "Nossa expectativa � replicar essa abordagem para viabilizar as testagens em massa. A inova��o � aberta. A inten��o � que os fornecedores de insumos ajustem os kits com este novo m�todo e adaptem suas linhas de produ��o", complementou Concatto.
A metodologia RT-PCR - considerada padr�o ouro pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para detec��o do v�rus SARS-CoV2 - requer que uma amostra seja testada em tr�s diferentes rea��es para valida��o dos resultados. Al�m de o protocolo ser relativamente longo, a disponibilidade de insumos no mercado est� limitada em todo o mundo.
"A ideia visa otimizar protocolos, combinando as tr�s rea��es, de maneira que os testes individuais sejam realizados apenas ap�s a detec��o de um positivo neste grupo de amostras", explica o pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inova��o em Qu�mica Verde, Antonio Fidalgo.