
O confinamento obrigat�rio, decretado em algumas cidades e estados do Brasil colocaram o conceito de lockdown na ordem do dia. A medida � a tentativa mais rigorosa para barrar o avan�o da pandemia de coronav�rus. Enquanto falta discurso coeso entre autoridades municipais, estaduais e federais e os �ndices de isolamento relaxam, em todo o pa�s, conversamos com especialistas #praentender se essa restri��o dura ser� a medida que vai resolver o problema. (Veja v�deo abaixo)
Pernambuco, por exemplo, foi um dos primeiros estados do pa�s a adotar o lockdown depois da confirma��o de 13 mil casos de COVID-19 e mais de 1 mil mortes. As curvas de contamina��o dizem tudo, e aqui no Brasil elas ainda indicam a plena ascens�o no n�mero de casos: j� s�o mais de 212 mil.
As pessoas, em v�rias localidades do pa�s parecem n�o levar a s�rio a gravidade da doen�a e a velocidade de transmiss�o do v�rus. Ent�o a grande dificuldade de implementar as medidas de lockdown vai ser a fiscaliza��o, de com�rcios, dada a grande variabilidade de necessidade
Viviane Alves, doutora em microbiologia e professora da UFMG
Governos do mundo todo tiveram que aderir � medida para frear o n�mero de contaminados. Foi o caso do estado de Nova York, nos Estados Unidos, que viu a curva disparar ainda em mar�o, com mais de 300 mil casos confirmados.
Enfim, a gente ainda n�o tem um plano nacional que deveria ser conduzido pelo minist�rio da sa�de com apoio irrestrito do governo federal. Muita pol�mica, muita politiza��o e pouca a��o real�stica em torno de sa�de p�blica de fato
Alexandre Reis, doutor em ci�ncias biol�gicas, professor da UFOP
No lockdown, somente as atividades e servi�os essenciais, como farm�cias e supermercados, permanecem funcionando. A It�lia tamb�m imp�s, tardiamente, a quarentena obrigat�ria aos cidad�os, suspendendo todos os eventos que provocavam aglomera��o, como shows e jogos de futebol. Os italianos tiveram, por bastante tempo, o epicentro da pandemia na Europa, e ao todo morreram mais de 31 mil pessoas em decorr�ncia do coronav�rus.
(* Estagi�ria sob supervis�o dos subeditores Fred Bottrel e Rafael Alves)