
"Sabemos que devemos nos preocupar com o v�rus, em especial os mais idosos, quem tem doen�as, quem � fraco, mas (sem) essa de fechar a economia. 70 dias a economia fechada. At� quando isso vai durar?", questionou o presidente, que n�o fazia uso da m�scara, item obrigat�rio em todo o Distrito Federal. "N�s vamos enfrentar isso da�, eu lamento. Eu estou com 65 anos de idade, eu estou no grupo de risco."
A fala de Bolsonaro ocorreu antes de o minist�rio da Sa�de divulgar o registro de 1.039 novas mortes causadas pela covid-19 nas �ltimas 24 horas. Com o balan�o desta ter�a, o total de �bitos pela doen�a no Pa�s passou para 24.512. O isolamento social � recomendado pelas autoridades de sa�de do mundo como �nico m�todo eficaz para combater o novo coronav�rus.
Em entrevista, Bolsonaro voltou a se queixar do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu aos governadores o poder de decidir sobre medidas de isolamento social, e repetiu o discurso de que � "f�cil colocar uma ditadura no Brasil", fala do presidente exposta em reuni�o ministerial que teve seu teor divulgado pelo Supremo na �ltima sexta-feira. Segundo o presidente, as pessoas precisam se armar para impedir uma ditadura que seria implementada por prefeitos e governadores que adotaram medidas de isolamento social.
"Eu tenho obriga��o como chefe de Estado de tomar decis�es. Estou de m�os amarradas por decis�o do Supremo Tribunal Federal que delegou a Estados e munic�pios essas medidas. Continuam chegando videos pra mim de pessoas sendo algemadas por estarem na rua. Isso n�o pode continuar assim. Como disse l� para o ministro, reservadamente, que eu n�o queria que tornasse p�blico � f�cil colocar uma ditadura no Brasil. O povo t� com medo dentro de casa", afirmou.
Desde o in�cio da pandemia, Bolsonaro tem afirmado que a doen�a que matou 347.836 pessoas no mundo at� agora � uma "gripezinha" e respondeu com um "e da�?" questionamento de um jornalista sobre o crescente n�mero de mortes no Pa�s.
Dois ministros da Sa�de pediram demiss�o por discordar de suas ordens para o combate � pandemia. Atualmente, a pasta � comandada por um interino, o general Eduardo Pazuello, que aceitou liberar a cloroquina para pacientes com sintomas leves da doen�a, o que seus antecessores na pasta discordaram por n�o haver comprova��o cient�fica da efic�cia do medicamento.