A startup paranaense GTI est� desenvolvendo uma solu��o baseada em sensoriamento t�rmico corporal para realizar a triagem e um diagn�stico inicial dos sintomas do novo Coronav�rus em ambientes p�blicos e privados. A empresa receber� aporte de edital da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova��o Industrial (Embrapii) e do Sebrae, que foca no desenvolvimento de solu��es do combate � pandemia.
A partir de um prot�tipo inicial, a empresa ter� o apoio de pesquisadores do Lactec, em Curitiba e Salvador, para aprimorar a solu��o – tanto na parte eletr�nica quanto de softwares – para que o equipamento possa, junto de um parceiro industrial, ser produzido em escala comercial para todo o pa�s.
"Queremos ofertar uma tecnologia nacional, com custo acess�vel, e que possa ser desenvolvida em um curto prazo de tempo. Essa � uma solu��o que pode ser utilizada por parte de empresas e �rg�os p�blicos para atuar de maneira mais assertiva, aliando a emerg�ncia de salvar vidas � retomada das atividades econ�micas", afirmou o propriet�rio da GTI, Maur�cio Doebeli. No prazo de 30 dias os primeiros testes j� devem come�ar a ser realizados e a expectativa � que em tr�s meses inicie a produ��o em escala.
A GTI � uma empresa de sensoriamento para o monitoramento da produtividade na ind�stria que adaptou uma tecnologia j� existente para a cria��o de uma solu��o para a �rea de sa�de buscando atuar contra a Covid-19.
"Esse � um olhar atento ao momento em que estamos vivendo. A empresa possui uma tecnologia muito interessante, utilizou o conhecimento adquirido e encontrou uma nova oportunidade de neg�cios que pode ajudar milhares de empresas a retomarem suas opera��es com maior seguran�a pelo Brasil", afirma o consultor do Sebrae/PR, Aloisio Cerqueira, que acompanhou e auxiliou a empresa.
A solu��o
A GTI desenvolver� um equipamento de monitoramento coletivo para a triagem e diagn�stico preliminar de pessoas que apresentem estado febril, um dos principais sintomas da Covid-19. A medi��o acontece de forma off-line e sem contato, a partir da aproxima��o da parte interna do punho da pessoa. O resultado � como um sem�foro exibido em um display do pr�prio aparelho, com sinal verde indicando siga ou vermelho pare, como alerta para altera��o na temperatura (acima de 37,8ºC).
Caso haja febre, a pessoa pode fazer uma autoavalia��o ou ser encaminhada para uma avalia��o dos demais sintomas do Coronav�rus e preenchimento de dados pessoais, em um aplicativo do celular. A partir disso, � poss�vel gerar um diagn�stico preliminar que define o grau de risco da pessoa estar com a doen�a, considerando par�metros definidos por autoridades de sa�de. Ela tamb�m pode receber notifica��es com orienta��es para preven��o e combate ao v�rus.
Segundo Maur�cio, o grande diferencial da tecnologia � a integra��o do sensor de monitoramento e armazenamento das informa��es obtidas em dispositivos como um smartphone ou tablet, que s�o enviados para nuvem (big data) e, com o uso da intelig�ncia artificial, podem gerar in�meras informa��es relevantes comoindicadores de preven��o e controle do Covid-19 de forma inteligente para as pessoas, empresas e autoridades de sa�de municipais, estaduais e federais.
“Com esses dados � poss�vel mapear os riscos de cont�gio ao monitorar os dias e hor�rios em que a pessoa passou pelo local e a partir disso identificar se houve o contato com outras pessoas ou at� mesmo utilizar como pol�tica de acesso a uma determinada empresa”, explica.
A inten��o, segundo o empres�rio, � disponibilizar o equipamento �s empresas para que elas possam retomar suas atividades e, ao mesmo tempo, resguardar a sa�de de seus colaboradores. Al�m de ambientes corporativos, a solu��o pode ser implantada, tamb�m, em outros locais, p�blicos ou privados, de grande circula��o de pessoas, como aeroportos, terminais rodovi�rios e shoppings centers, por exemplo.
“Dessa maneira seria poss�vel realizar um banco de informa��es por parte de Governos municipais, estaduais e federais para o monitoramento e a ado��o de medidas sanit�rias e de controle epidemiol�gico em determinados locais”, ressalta Maur�cio. H� ainda a possibilidade de cruzamento com outros bancos de dados das pessoas f�sicas e jur�dicas para agilizar a triagem, a partir de potenciais parcerias e coopera��es.