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Estado de Minas RACISMO

Ap�s cr�ticas, CNN d� mais voz a negros na cobertura dos protestos contra o racismo

Emissora foi cobrada ao vivo por Alexandra Loras pela presen�a de William Waack em mat�rias sobre a repercuss�o do assassinato de George Floyd por um policial branco


postado em 03/06/2020 19:22 / atualizado em 04/06/2020 00:13

Mudança de postura da CNN rendeu um momento raro no jornalismo televisivo brasileiro, em que os negros eram maioria na tela(foto: Reprodução/CNN)
Mudan�a de postura da CNN rendeu um momento raro no jornalismo televisivo brasileiro, em que os negros eram maioria na tela (foto: Reprodu��o/CNN)

As cr�ticas da jornalista Alexandra Loras � CNN ao vivo no pr�prio canal parecem ter come�ado a surtir efeito. O canal n�o se pronunciou oficialmente sobre as reclama��es da falta de representatividade negra na cobertura dos protestos contra o racismo nos Estados Unidos, entretanto, nesta quarta-feira, o jornalista Diego Sarza – que � preto – ganhou mais espa�o na tela.

Entre os convidados do Expresso CNN, Anderson Silva, lutador de MMA, Tiago Amparo, advogado e professor de Direito da Faculdade Get�lio Vargas e o ex-goleiro Aranha. Todos negros.

A mudan�a de postura rendeu um momento raro no jornalismo televisivo brasileiro, em que os negros eram maioria na tela, embora por poucos minutos.

Na abertura do programa, a �ncora Monalisa Perrone fez quest�o de destacar a presen�a do colega Diego Sarza: “Me interrompa quando quiser pontuar algo. Realmente quero aprender mais com voc� hoje. Queria come�ar com um relato seu pessoal, da sua hist�ria no jornalismo, se voc� concordar. Qual o momento mais delicado, mais dif�cil que voc� j� viveu at� hoje”.



O jornalista relatou alguns epis�dios de sua vida profissional em que foi tratado com desd�m em raz�o da cor da sua pele.

“A gente observa o racismo e alguns pontos nem sempre s�o muito claros. Como rep�rter, muitas vezes chegando com a equipe, ouvia a pergunta: ‘Quem � o rep�rter?’ n�o acreditando que seria eu. Depois ficava aquele clima um pouco chato”.

E seguiu abordando outras situa��es da sua vida profissional. “Na vida, aquelas situa��es que praticamente todo negro j� vivenciou, de ver um seguran�a olhando de uma forma meio estranha, te seguindo por onde voc� vai. Um lojista achando que voc� n�o tem condi��es de comprar algo. Ainda bem, nunca sofri nada mais agressivo. Vivenciei esses momentos que ainda s�o muito presentes, n�o s� l� fora, mas aqui no nosso pa�s tamb�m de uma maneira muito forte. Ainda � muito presente, embora algumas pessoas n�o queiram aceitar e talvez achem que isso n�o acontece. Mas quem est� ali sentindo na pele sabe que � frequente sim”.

Cr�ticas ao vivo

Nessa ter�a, durante uma transmiss�o ao vivo, a jornalista e cineasta Alexandra Loras, ex-consulesa da Fran�a no Brasil, criticou a CNN por escalar William Waack para a cobertura das manifesta��es antirracistas. A reclama��o foi feita ao vivo no canal.

“N�o � s� com gotinhas de cotas nas universidades que vamos resolver a quest�o racial no Brasil. Hoje, a CNN e  toda a m�dia brasileira t�m o poder de convidar acad�micos negros para conversar sobre essa tem�tica. Quando vejo William Waack, que foi mandado embora por um epis�dio de racismo, e, hoje, debate tanto tempo sobre a quest�o, eu acho que dever�amos tamb�m convidar negros, no lugar de fala deles, para debater sobre essas quest�es”, declarou Alexandra.

William Waack, que atualmente ancora o Jornal da CNN nas noites da emissora, foi demitido da Rede Globo em 2017, ap�s a divulga��o de um v�deo em que ele xinga e faz ofensas racistas a uma pessoa. A grava��o foi feita durante a cobertura das elei��es americanas de 2016, em Washington, capital dos Estados Unidos.

“T� buzinando por qu�, seu merda do cacete? N�o vou nem falar, porque eu sei quem �... � preto. � coisa de preto”, disse o jornalista na ocasi�o.

Os protestos nos Estados Unidos ganharam corpo em 25 de maio, quando o policial branco Derek Chauvin asfixiou George Floyd, um homem negro nas ruas de Minneapolis, no estado americano de Minnesota. Chauvin ignorou os pedidos de clem�ncia e os avisos de Floyd de que n�o conseguia respirar e seguiu com o joelho sobre seu pesco�o, o que o levou � morte.


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