(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CRIME

'At� quando vamos ter que suportar esse traste', escreveu Flordelis sobre marido

Segundo os investigadores, a deputada federal tentou assassinar o pastor Anderson do Carmo pelo menos seis vezes por envenenamento, al�m de contratar pistoleiros em outras duas oportunidades


24/08/2020 15:00 - atualizado 24/08/2020 15:45

De acordo com a Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), a deputada federal é mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo(foto: Redes Sociais/Reprodução)
De acordo com a Pol�cia Civil e pelo Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ), a deputada federal � mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)
Apontada pela Pol�cia Civil e pelo Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) teria arquitetado o crime por estar insatisfeita com a forma com que o pastor geria o dinheiro da fam�lia. Segundo os investigadores, ela tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, al�m de contratar pistoleiros em outras duas oportunidades.


"Andr�, pelo amor de Deus, vamos p�r um fim nisso. Me ajuda. Cara, t� te pedindo, te implorando. At� quando vamos ter que suportar esse traste no nosso meio? Falta pouco. Me ajuda, cara. Por amor a mim", escreveu a deputada para o filho.

Justi�a autoriza pris�o de seis filhos e uma neta da deputada Flordelis

Durante o inqu�rito, a pol�cia e o MP-RJ se depararam com uma troca de mensagens em que Flordelis sugere que o assassinato do marido seria a �nica sa�da. 'Fazer o qu�? Separar dele n�o posso, porque sen�o ia escandalizar o nome de Deus', e ent�o resolve matar. Ou seja, nessa l�gica torta, o assassinato escandalizaria menos", contou o promotor Sergio Lopes Pereira, em entrevista concedida na manh� desta segunda-feira, 24.

"O grupo que se formou vendeu a imagem de um casal perfeito, de uma fam�lia caridosa, que criou 55 filhos, quando na verdade os autos mostram que isso foi um golpe, um meio de se conseguir prote��o", afirmou o promotor. "Come�ou em maio de 2018 com tentativa de envenenamento do pastor Anderson. Era feito de forma sucessiva, gradual, cumulativa, para conduzir a morte do pastor. (Era usado) veneno, mais notadamente o ars�nico, que era posto na comida e na bebida do pastor de forma dissimulada."

Respons�vel pelo inqu�rito, o delegado Allan Duarte, titular da Divis�o de Homic�dios de Niter�i, Itabora� e S�o Gon�alo, disse que a imagem de fam�lia unida era apenas uma fachada. "N�o se tratava de uma simples fam�lia, mas de uma organiza��o criminosa intrafamiliar", afirmou. "O inqu�rito traz a desconstru��o dessa imagem de dec�ncia (da deputada), de pessoa caridosa. Ela vendia esse enredo para conseguir chegar � Camara dos Deputados, e depois tratar essa pessoa (Anderson) como objeto descart�vel."

Segundo Duarte, a motiva��o do crime foi financeira. "O pastor era o gestor dessa fam�lia, a cabe�a pensante. Era ele quem geria a carreira art�stica, religiosa e pol�tica da deputada", informou o delegado. Haveria ainda um racha entre os filhos biol�gicos e os adotivos - que n�o recebiam o mesmo tratamento.

"Ela, al�m de arquitetar todo esse plano criminoso, financiou a compra da arma, convenceu pessoas a praticar esse crime, ela avisou sobre a chegada da v�tima ao local, e ela ocultou provas", destacou Allan Duarte. "Pra gente fica muito claro, n�o resta a menor d�vida, de que ela foi a autora intelectual, a grande cabe�a desse crime."


Sem pris�o


Por exercer mandato parlamentar, Flordelis n�o pode ser presa neste momento. Apesar disso, ela j� � r� no processo e ser� julgada em primeira inst�ncia junto aos demais acusados pela 3ª Vara Criminal de Niter�i.

Sem poder pedir a pris�o da deputada, a Pol�cia Civil e o MP-RJ pediram � Justi�a outras medidas cautelares, que j� foram aceitas. Ela est� impedida de ter contato com testemunhas do caso, n�o poder� se locomover fora da cidade em que reside ou em Bras�lia, ter� o passaporte recolhido e tamb�m poder� mudar de resid�ncia.

Durante as investiga��es do assassinato do pastor Anderson do Carmo, a pol�cia tamb�m se deparou com ind�cios de crime de "rachadinha" no gabinete de Flordelis. "A Rayane (dos Santos Oliveira, neta de Flordelis e presa na manh� desta segunda por envolvimento no assassinato), quando foi pra Bras�lia, foi com a promessa de ganhar R$ 15 mil por m�s como assessora parlamentar, mas a gente tem documenta��o nos autos que mostram que estaria recebendo R$ 2,5 mil", contou o delegado, citando ainda a ocorr�ncia de "nepotismo direto e cruzado".

A reportagem pediu posicionamento � defesa da deputada Flordelis, que ainda n�o se manifestou. O e espa�o est� aberto para manifesta��es de defesa.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)