"No local, apreendemos algumas cartas que se encontravam na cela do preso. Tamb�m fizemos oitivas com os agentes que o encontraram e obtivemos imagens das c�meras de seguran�a. Nas cartas, ele n�o relatou o motivo do ato, mas diz, basicamente, que n�o tinha mais vontade de viver e pediu perd�o � fam�lia, dizendo que n�o era um ato de covardia, mas, sim, de coragem, que ele se sentia pronto para aquilo. Ele n�o relatou nada sobre amea�a ou motiva��o. Eu n�o posso afirmar, obviamente vai ter um laudo pericial para isso, mas pelos ind�cios, tudo indica para um suic�dio cl�ssico", disse o delegado, que periciar� todo o material encontrado na cela.
Martarelli descreveu ainda o cen�rio na cela. "Estava bem organizada, com a cama arrumada, e ele havia recebido a refei��o na hora do almo�o e ingerido ela normalmente. Estava tudo organizado, os livros, as cartas, e havia uma toalha pendurada no local do banho".
Apesar dos ind�cios de suic�dio, a PF monitora a repercuss�o da morte nos outros pres�dios do pa�s e tamb�m fora deles, at� a conclus�o final do caso. At� porque o laudo pericial, feito por agentes da Pol�cia Federal de Foz do Igua�u (PR), tem 30 dias para ficar pronto. O laudo preliminar aponta o enforcamento como a causa da morte.
Na Penitenci�ria Federal de Catanduvas, as celas s�o individuais e, segundo o delegado Martarelli, outros presos n�o tinham acesso � cela de Elias, que no dia anterior ao da morte havia sa�do para o banho de sol normalmente. Quanto �s c�meras de monitoramento, elas n�o captam imagens do interior das celas e ainda ser�o periciadas. O corpo de Elias Maluco foi levado a Cascavel, para onde familiares enviar�o um representante judicial para fazer a libera��o.