
Ap�s a den�ncia do Minist�rio P�blico do Rio, a deputada foi proibida de ter qualquer contato com os demais acusados, inclusive nas unidades prisionais em que se encontram. No entanto, segundo Nearis, informa��es trazidas aos autos pelo assistente de acusa��o indicam que houve poss�vel burla � determina��o judicial, sendo que a deputada teria tentado manter contato com os filhos presos por meio de Paula Neves Magalh�es de Barros, que atua no gabinete da deputada em Bras�lia, de acordo com a corte fluminense.
Em decis�o dada na �ltima quinta, 1º, Nearis tamb�m ordenou que ambos os �rg�os informem se foi expedida carteira de visitante de Paula Neves Magalh�es Barros. Se a resposta for positiva, o Detran e a Seap devem cancelar o documento. As informa��es foram divulgadas pelo TJ fluminense.
Al�m da proibi��o de contato com outros acusados, a Justi�a j� havia ordenado que Flordelis colocasse uma tornozeleira eletr�nica. Considerando a "manifesta dificuldade de cumprimento dos mandados notificat�rios" da deputada para coloca��o do equipamento, tanto no Rio quanto em Bras�lia, Nearis intimou a defesa da parlamentar na sexta, 2, a fornecer os n�meros de seus telefones celulares pessoal e funcional, em 24 horas.
"N�o obstante, diante da informa��o verbal de que os OJA, por vezes, sequer s�o atendidos na resid�ncia situada nesta comarca, cumpra-se o mandado de intima��o ainda pendente, fora do hor�rio de expediente forense, com aux�lio da for�a policial, se necess�rio", registrou ainda a ju�za na ocasi�o.
Flordelis � acusada pela Promotoria fluminense por "arquitetar o homic�dio" de seu marido, Anderson do Carmo, "arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simula��o de ter ocorrido um latroc�nio" e tamb�m "financiar a compra da arma e avisar da chegada da v�tima no local em que foi executada".
A den�ncia do MP-RJ, que atinge a deputada e mais 10 pessoas, foi apresentada no dia 24 de agosto, quando os investigadores tamb�m deflagraram a Opera��o Lucas 12 para cumprir ordens de pris�o contra os acusados, entre filhos e uma neta da deputada.
Outros dois filhos de Flordelis, Fl�vio dos Santos Rodrigues e Lucas C�sar dos Santos j� haviam sido denunciados em agosto do ano passado. O primeiro � apontado como executor do crime e o segundo teria comprado a arma utilizada no assassinato.
Processo disciplinar
Em raz�o do caso do pastor Anderson, Flordelis enfrenta ainda um processo disciplinar na C�mara dos Deputados. Na �ltima quinta, 1º, mesmo dia em que Nearis refor�ou a proibi��o de contato por parte da parlamentar com os demais acusados, o deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), corregedor da casa legislativa, entregou parecer favor�vel � continuidade do processo disciplinar que pode levar � cassa��o do mandato de Flordelis.A partir de agora, a Mesa Diretora vai decidir se envia o processo ao Conselho de �tica da C�mara, colegiado respons�vel por analisar a conduta dos parlamentares e recomendar a cassa��o. Cabe ao plen�rio, no entanto, decidir se a acusa��o de assassinato � ou n�o motivo para perda do mandato de deputada.
COM A PALAVRA, A DEPUTADA
A reportagem busca contato com a deputada. O espa�o est� aberto para manifesta��es.