
A brasileira, que era de Pai�andu, do Norte do Paran�, foi esfaqueada no apartamento onde morava com os filhos em 25 de setembro, em Champigny-sur-Marne, a 15km de Paris. Rodrigo se entregou � pol�cia no dia seguinte e, segundo autoridades francesas, confessou o crime.
"N�s n�o estamos tentando dizer 'Por favor, ele � inocente. Algu�m apareceu, pegou a faca e a matou'. Estamos apenas tentando entender o que aconteceu. Ele n�o � um serial killer”, disse o advogado Avi Bitton ao G1.
Filhos sob prote��o do governo
Uma das principais preocupa��es da fam�lia de Franciele � com o futuro dos filhos dela, que est�o sob prote��o do governo franc�s.
O menino de 2 anos � filho do casal, o mais velho, de 4, � filho da v�tima com outro homem que mora no Brasil. Os meninos est�o em casas de fam�lias acolhedoras, em localiza��es sigilosas.
A advogada Camila Santana vive em Paris e representa a fam�lia de Franciele. Ela diz que o foco agora � a repatria��o dos meninos e com quais pessoas eles ficar�o.
“Ser� feita uma profunda investiga��o para analisar quem tem as melhores condi��es, quem vai defender os melhores interesses dessas crian�as, que j� sofreram traumas enormes, talvez at� viram a m�e sendo esfaqueada na frente delas. Imagina, � um trauma muito profundo. O Estado franc�s est� tutelando essas crian�as e o foco � diminuir este trauma que elas j� sofreram”, explicou a advogada.
Investiga��o
O processo que vai decidir quem vai ficar com as crian�as pode levar meses. Enquanto o futuro delas � incerto, o de Rodrigo est� quase definido. Na Fran�a, n�o existe o crime de feminic�dio, no entanto, a pena por matar o c�njuge pode levar � pris�o perp�tua, caso seja constatado que o crime foi planejado.
A defesa diz que o suspeito mal se lembra do que aconteceu e que vai tentar provar que o rapaz n�o premeditou a morte da companheira.
“Ele nem sequer se lembra o tipo e onde pegou a faca. Ele est� devastado pelo crime que cometeu. Disse aos policiais 'destru� a vida dos meus filhos, matei minha esposa, destru� minha pr�pria vida e a vida da minha fam�lia'. Ent�o, ele n�o est� negando o crime", pontuou o advogado Avi Bitton, ao portal.
A advogada da fam�lia de Franciele, Camila Santana, explicou que a aut�psia, a cena do crime e o hist�rico de vida do casal v�o definir se o suspeito teve ou n�o a inten��o de matar.
O corpo de Franciele ser� mantido no Instituto M�dico-legal local at� o fim das investiga��es. Depois disso, ser� liberado para que a fam�lia possa traz�-lo ao Brasil.
Vaquinha virtual
Na internet, a vaquinha para ajudar a fam�lia a pagar o translado do corpo j� arrecadou cerca de R$ 38 mil.
“Ainda � um momento muito precoce para isso ocorrer porque ainda est� sendo feita uma investiga��o, uma investiga��o importante que a fam�lia tamb�m est� interessada. Acredito que, mais do que o luto que a fam�lia precisa passar, � entender o que aconteceu com a Franciele aqui na Fran�a”, disse Camila Santana.