
O fogo come�ou no pr�dio 1 da unidade, no qual se localizam as enfermarias e o CTI. Os Bombeiros foram acionados por volta das 9h50 e est�o no local com equipes de 12 quart�is diferentes.
Segundo os Bombeiros, os pacientes foram retirados do local e levados ao pr�dio 2 e a outras unidades de Sa�de. A maior parte foi para o pr�prio hospital, enquanto outros tiveram que ser transferidos com o aux�lio do Samu. 162 pacientes no total sa�ram do pr�dio 1, sendo 66 removidos pra outras unidades. Havia oito v�timas de COVID - que se deslocaram para o Leblon, na zona sul, e Acari, na zona norte. Entre eles, estava a paciente que morreu.
O porta-voz dos Bombeiros, coronel Lauro Botto, afirmou que h� ind�cios de que o inc�ndio tenha come�ado num almoxarifado no subsolo do pr�dio, onde havia um estoque de fraldas. Isso, contudo, s� ser� confirmado com mais apura��es.
O secret�rio de Defesa Civil, Leandro Monteiro, afirmou que o hospital funcionava de modo inadequado. Havia duas notifica��es e dois autos de infra��es no Corpo de Bombeiros que versavam sobre as m�s condi��es da unidade. "� muito dif�cil, quase imposs�vel, interditar um hospital com quase 600 leitos", disse.
O governador em exerc�cio do Estado, Cl�udio Castro (PSC), afirmou nesta ter�a-feira, 27, que uma vez controlado o fogo, o pr�ximo passo � investigar as causas. "O que me chegou (at� agora) � que foram todos socorridos e que tamb�m conseguimos salvar equipamentos", disse em conversa com jornalistas na sa�da do Pal�cio do Planalto, em Bras�lia. "O pr�ximo passo ent�o � a Pol�cia Civil, que j� est� no local, entrar para fazer toda a quest�o de per�cia para a� come�ar a investiga��o e passar para o Minist�rio P�blico entender se foi uma causa acidental ou uma causa criminosa."
O Hospital de Bonsucesso � considerado o principal dos seis federais do Rio. No in�cio da pandemia, chegou a receber a visita do ex-ministro da Sa�de Nelson Teich. A unidade fica em posi��o estrat�gica, na Avenida Brasil, o que facilita o atendimento a pacientes de outros munic�pios, como os da Baixada Fluminense.
Refer�ncia em servi�os de m�dia e alta complexidade, faz cerca de 15 mil consultas ambulatoriais todo m�s, al�m de 1.300 interna��es, 1.200 atendimentos de emerg�ncia, 120 mil exames laboratoriais e 5 mil exames de imagem.
O Estad�o procurou o Minist�rio da Sa�de e a Defensoria P�blica da Uni�o para falar sobre o inc�ndio. Em nota, o minist�rio afirmou que "lamenta profundamente a perda de uma paciente durante a transfer�ncia" e diz que "acompanha o trabalho das equipes de resgate para garantir a seguran�a dos pacientes e profissionais que estavam presentes no local."
A professora Ros�lia Pires, de 42 anos, esperava havia tr�s meses por um exame de mamografia. Quando chegou � unidade, se deparou com o inc�ndio. "J� fomos informados de que o hospital n�o vai funcionar hoje. Agora � mais uma espera", disse.
A paciente Ana Diniz, de 22 anos, estava na maternidade com o filho de quatro dias e precisou sair do hospital. A sensa��o, diz, foi de desespero. "A gente estava l� ouvindo os boatos, at� que avisaram para n�s. Muita correria", afirmou ela, que temeu pela vida da crian�a. (Colaborou Emilly Behnke)