
Jo�o Alberto Silveira Freitas, um homem negro, foi morto por um seguran�a do supermercado em Porto Alegre, na noite de quinta-feira (19/11). O v�deo do momento da morte do homem circula nas redes sociais desde a manh� desta sexta e causa revolta em todo o Brasil. Nas imagens, � poss�vel ver pessoas gritando para que as agress�es cessassem. O laudo da morte aponta que o homem morreu por asfixia.
Manifesta��o
Parte dos manifestantes que acompanhavam a marcha do Dia da Consci�ncia Negra em S�o Paulo se distanciou da passeata e foi at� � loja do Carrefour. O grupo arremessou pedras e destruiu a fachada do shopping onde fica o supermercado. Alguns carros que estavam estacionados em frente ao com�rcio foram atingidos pelas pedras e tiveram os vidros quebrados. O ato durou poucos minutos e n�o h� relato de feridos at� o momento.
Militante do Movimento Negro e da educa��o popular, Douglas Belchior, mais conhecido por Negro Belchior, afirmou que o ato vem como uma "senha" em resposta � falta de reconhecimento do presidente Jair Bolsonaro � exist�ncia de racismo. "As palavras, a pol�tica e o di�logo n�o t�m sido suficientes. Precisamos reagir com o mesmo peso das m�os que nos matam diariamente".
Em Porto Alegre, manifestantes chegaram a pular as grades do supermercado onde ocorreu a morte. Houve ato de vandalismo e pixa��o, mas a Pol�cia Militar jogou g�s lacrimog�neo e dispersou o grupo.
A unidade do Carrefour de Bras�lia tamb�m tem manifesta��o nesta sexta.
O que diz o Carrefour
"O Carrefour informa que adotar� as medidas cab�veis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Tamb�m romper� o contrato com a empresa que responde pelos seguran�as que cometeram a agress�o. O funcion�rio que estava no comando da loja no momento do incidente ser� desligado. Em respeito � v�tima, a loja ser� fechada. Entraremos em contato com a fam�lia do senhor Jo�o Alberto para dar o suporte necess�rio.
O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplic�vel epis�dio, iniciamos uma rigorosa apura��o interna e, imediatamente, tomamos as provid�ncias cab�veis para que os respons�veis sejam punidos legalmente. Para n�s, nenhum tipo de viol�ncia e intoler�ncia � admiss�vel, e n�o aceitamos que situa��es como estas aconte�am. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais."
O que diz a Brigada Militar
"Imediatamente ap�s ter sido acionada para atendimento de ocorr�ncia em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM tempor�rio, cuja conduta fora do hor�rio de trabalho ser� avaliada com todos os rigores da lei. Cabe destacar ainda que o PM Tempor�rio n�o estava em servi�o policial, uma vez que suas atribui��es s�o restritas, conforme a legisla��o, � execu��o de servi�os internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante conv�nio ou instrumento cong�nere, guarda externa de estabelecimentos penais e de pr�dios p�blicos. A Brigada Militar, como institui��o dedicada � prote��o e � seguran�a de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total rep�dio a quaisquer atos de viol�ncia, discrimina��o e racismo, intoler�veis e incompat�veis com a doutrina, miss�o e valores que a Institui��o pratica e exige de seus profissionais em tempo integral."