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Estado de Minas CLIENTE MORTO POR SEGURAN�AS

Carrefour: Funcion�ria presente na cena de agress�o � afastada; supermercado reabre

Mulher, vestida de branco, estava junto dos seguran�as que agrediram Jo�o Alberto Freitas at� mat�-lo


24/11/2020 07:08 - atualizado 24/11/2020 08:28

(foto: Reprodução/Redes sociais)
(foto: Reprodu��o/Redes sociais)

O Carrefour informou nessa segunda-feira (23) ter afastado do trabalho a funcion�ria de blusa branca que aparece no v�deo das cenas de agress�o ao cliente negro Jo�o Alberto Freitas, de 40 anos, morto por seguran�as do supermercado, e que n�o interfere para interromper o crime. A empresa n�o informou a identidade da mulher.

Primeira vez


Preso ap�s matar o cliente do supermercado, o policial militar tempor�rio Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, trabalhava pela 1ª vez como seguran�a terceirizado do Carrefour no dia do crime. Ele foi contratado para suprir a falta de outro vigia, em jornada de 12 horas. Silva e o outro seguran�a foram filmados durante o espancamento e afastados do Carrefour. 

"Aquele tinha sido o primeiro dia dele (Silva) no mercado e o pior, faltava apenas uma hora para ele ir embora. Na verdade, ele foi contratado por um outro colega, que iria realizar o pagamento do servi�o diretamente para ele", disse o advogado do PM tempor�rio, David Leal.

Embora seja vedada atua��o de PMs no hor�rio de folga, Silva aceitou o servi�o para ampliar a renda familiar, afirmou o advogado. "Ele viu que o bico n�o servia para ele, mas quis complementar a renda. Ficou com receio de aceitar o trabalho, que acaba sendo mal visto. Ele estudava para concurso e tinha o sonho de ser policial rodovi�rio federal. Foi no primeiro dia que ocorreu aquela grande fatalidade", disse.

Leia tamb�m: Morte de cliente negro no Carrefour exp�e aus�ncia de responsabilidade social

Ele afirma que Silva n�o tinha v�nculo empregat�cio com o Grupo Vector, empresa respons�vel pela fiscaliza��o na unidade do Carrefour. J� o Grupo Vector disse que ele havia sido contratado no dia 19, estava devidamente registrado e teve o v�nculo rescindido no dia seguinte ao assassinato.

Leal diz que o caso � uma "fatalidade" e diverge da pris�o em flagrante. Os dois seguran�as v�o responder por homic�dio triplamente qualificado - por motivo f�til, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da v�tima. Na noite de quinta, eles ficaram em sil�ncio durante a deten��o. "Houve homic�dio culposo, provavelmente, pela press�o exercida quando ele foi imobilizado. Meu cliente atuou para conter a agress�o. N�o teve nenhum cunho racial."

A reportagem n�o conseguiu contato com a defesa do outro vigia, Magno Braz Borges. O Carrefour n�o informou a identidade da outra funcion�ria afastada. A Pol�cia Civil j� havia dito que pode investigar as outras pessoas vistas na cena do crime por omiss�o de socorro.

"J� ouvimos mais de vinte pessoas no inqu�rito e vamos seguir realizando as dilig�ncias. ", disse Roberta Bertoldo, a delegada respons�vel pelo caso. A investiga��o tem prazo de 10 dias para concluir o inqu�rito a partir da instaura��o. Caso contr�rio, os trabalhos podem ser estendidos por mais 15 dias.

Reabertura

A loja do Carrefour onde Jo�o Alberto foi morto reabriu nessa segunda-feira (24) em Porto Alegre, ap�s tr�s dias fechada. No local, era poss�vel ver rastros da manifesta��o de sexta, em que houve invas�o e depreda��o do estabelecimento. Lojistas e frequentadores do supermercado relatam que j� flagraram excessos dos vigilantes.

Picha��es, cartazes e flores em homenagem � v�tima eram vis�veis nas grades do Carrefour. Na parte interna, o clima era de tens�o; funcion�rios com semblante preocupado trocavam poucas palavras e o movimento era bastante abaixo do normal. �nio Dagoberto de Lima, de 67, � ambulante monta sua barraca com chap�us e camisetas na parte externa da loja. Segundo ele, o comportamento agressivo dos seguran�as j� era percept�vel. "Sempre tinha umas mulheres que vendiam macela (planta). Eu vi vezes em que esses dois seguran�as colocaram elas para rua com as crian�as e tudo", diz.

Em nota, o Carrefour disse dar assist�ncia aos lojistas. Para as lojas com avarias, disse estar em contato com os respons�veis para avaliar medidas.


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