
No �ltimo dia 11/01, primeiro dia de sua visita a Manaus,Pazuello afirmou, em apresenta��o do plano estrat�gico de enfrentamento � COVID-19 no Amazonas: “Temos um comando conjunto ativado em Manaus que tem capacidade de log�stica de apoi�-los em muitas demandas, e ele est� sendo demandado e est� cumprindo a sua miss�o. (...) Tudo o que me foi pedido, 100%, ou est� sendo entregue ou j� foi entregue, e n�s podemos apoiar no que mais o estado e o munic�pio pedir”.
O ministro foi ao estado justamente devido � situa��o do sistema de sa�de na capital, tendo confirmado em sua fala a crise de oxig�nio. “Estamos vivendo crise de oxig�nio? Sim. De abertura de UTIs? Sim. De pessoal? Sim. A nossa sa�de de Manaus j� come�a com 75% de ocupa��o. Qual � a novidade? Ent�o, � muito importante medidas que diminuam a entrada (hospitalar). Precisa tomar medidas para reduzir a entrada nos hospitais de outras doen�as”, afirmou em pronunciamento na segunda-feira.
A situa��o j� vinha sendo alertada desde a �ltima semana pelo governo estadual. No �ltimo dia 10/01, o governador Wilson Lima publicou uma mensagem no Instagram falando sobre a crise de oxig�nio, apontando o aumento do consumo nas unidades de sa�de. As empresas fornecedoras do produto essencial para manter os respiradores funcionando relataram n�o ter capacidade de produ��o para a demanda, que aumentou em mais de 11 vezes a m�dia de consumo.
Na �ltima ter�a-feira (12/01), em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro culpou os governos estadual e municipal por "deixar acabar" o oxig�nio no Amazonas. Bolsonaro afirmou, inclusive, que o ministro Pazuello estava na regi�o para "interferir" na situa��o.
"Mandamos ontem o nosso ministro da Sa�de para l�. Estava um caos. N�o faziam tratamento precoce. Aumentou assustadoramente o n�mero de mortes. E mortes por asfixia, porque n�o tinha oxig�nio. O governo estadual e municipal deixou acabar o oxig�nio. � morrendo asfixiado. Imagina voc� morrendo afogado. Fomos para l� e ele interferiu", afirmou.
Demanda
Um dia antes do colapso, na �ltima quarta (13/01), Pazuello disse que n�o seria poss�vel vencer a demanda por oxig�nio no estado. Ele pontuou que a empresa White Martins, fornecedora do insumo no estado, atendia com 50% da sua produ��o.
“O consumo era de 15 mil, 17 mil metros c�bicos de oxig�nio gasoso por dia. Quanto � hoje no estado do Amazonas? 70 mil metros c�bicos por dia. Sem contar com os novos leitos que ir�o abrir. N�s estamos em Manaus. N�o preciso contar para ningu�m onde �, quanto tempo demora a balsa vinda de Bel�m. E assim o estado come�ou a fazer sua log�stica dentro do que podia, mas n�o tem como vencer uma demanda desse tamanho”, disse.
Pazuello afirmou que a fabrica��o da referida empresa estava impactada, e que era uma “luta” conseguir oxig�nio l�quido ou gasoso em qualquer lugar. Ele citou, ent�o, as opera��es das For�as Armadas. “Estamos fazendo uma ponte a�rea para trazer os tubos de oxig�nio. Essa ponte a�rea com avi�es da FAB e avi�es civis contratados para trazer tubos de oxig�nio para Manaus”, relatou.
O ministro disse, ainda, que estava trabalhando com uma ponte fluvial e outra terrestre para levar oxig�nio ao estado, al�m de adquirir 10 usinas geradoras por meio de requisi��o administrativa, que j� era ideia do estado, mas o minist�rio assumiria para ter maior velocidade, segundo Pazuello.
"Tudo foi entregue"
Durante pronunciamento na quarta-feira (13/01), o chefe da pasta da Sa�de garantiu que tudo que foi solicitado pelo estado do Amazonas, foi entregue. “Todos os monitores, todos os respiradores, todas as bombas de infus�o, simplesmente tudo o que foi solicitado foi entregue, sem exce��o. A log�stica disso tudo tamb�m est� disponibilizada pelo minist�rio”, disse.
O Minist�rio da Defesa informou, ainda na quarta, que as For�as Armadas est�o transportando, desde a �ltima sexta-feira (8/01), cilindros de oxig�nio a Manaus. A previs�o total era de entregar 386 unidades at� o pr�ximo domingo (17/01).
