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Estado de Minas COVID-19

Muta��o do coronav�rus gera novo alerta para barrar dissemina��o no Brasil

Cientistas acreditam que a cepa P1 do coronav�rus descoberta no Brasil � mais letal e tem maior velocidade de propaga��o. Preven��o j� deve ser refor�ada


01/02/2021 06:00 - atualizado 01/02/2021 07:39

A variante brasileira, que já pode ter se espalhado pelo país, gera dúvidas que a Fiocruz vem trabalhando para esclarecer em estudo do genoma das versões do coronavírus(foto: Pixabay/Reprodução)
A variante brasileira, que j� pode ter se espalhado pelo pa�s, gera d�vidas que a Fiocruz vem trabalhando para esclarecer em estudo do genoma das vers�es do coronav�rus (foto: Pixabay/Reprodu��o)


O v�rus causador da COVID-19 evolui sem dar tr�gua �s preocupa��es dos cientistas, num momento que poderia trazer al�vio maior com a chegada da vacina. Desde o princ�pio da pandemia, foram identificadas cerca de 800 linhagens do Sars-CoV-2.

O receio surge quando uma variante toma propor��es de transmiss�o significativas, como ocorreu com as novas vers�es identificadas no Reino Unido, na �frica do Sul, e, agora, no Brasil. Ainda que a compreens�o sobre o comportamento do novo coronav�rus n�o seja perfeita, a rapidez na dissemina��o � uma das caracter�sticas das novas cepas.
 
Essa constata��o leva tamb�m a questionamento sobre a efici�ncia das vacinas, al�m de evidenciar, quando se pensa no Brasil, as limita��es em vigil�ncia e monitoramento, e a import�ncia de mapear a ocorr�ncia das vers�es mutantes do coronav�rus, que se espalham no pa�s.

A exemplo do caos que se instaurou em Manaus, onde a variante brasileira foi detectada em dezembro, o temor � de que a situa��o se torne ainda mais severa em todo territ�rio nacional.
 
O Brasil pode enfrentar um quadro ainda mais grave em rela��o � acelera��o no n�mero de casos da doen�a respirat�ria, na avalia��o do ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta.

Ele chamou de megaepidemia a situa��o que pode ocorrer no pa�s nos pr�ximos 60 dias, como reflexo do surgimento da variante em Manaus, que parece ter um grau de transmissibilidade maior em rela��o � primeira cepa.
 

"Em muitos casos, a transmiss�o � mais r�pida que a capacidade de identific�-la (a variante)"

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza��es

“Temos mais uma crise. Essa nova variante em Manaus, em que o mundo inteiro est� fechando os voos para o Brasil e estamos enviando pacientes para outros estados sem fazer os bloqueios de biosseguran�a. Provavelmente, a gente vai plantar essa cepa em todos os territ�rios da Federa��o e daqui a 60 dias a gente pode ter uma megaepidemia”, pontuou, em entrevista ao programa Manhattan Connection, da TV Cultura.
 
Apesar de a variante brasileira ter sido identificada em Manaus e come�ado a aparecer em outros estados, o pediatra e infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), diz que o termo epicentro n�o � adequado, j� que, a essa altura, o v�rus mutante est� disseminado no pa�s.

A dificuldade na detec��o se deve ao fato da baixa capacidade de testagem. Segundo ele, menos de 0,1% das cepas isoladas s�o sequenciadas geneticamente no Brasil. E n�o � poss�vel saber qual variante ser� dominante em qual per�odo de tempo, ainda que existam especula��es nesse sentido.  
 
De todas as muta��es ocorridas at� o momento do novo coronav�rus, quando se fala mais em uma ou outra, isso depende da propor��o que toma. “Chama a aten��o quando aumenta muito o poder de transmiss�o. Em muitos casos, a transmiss�o � mais r�pida que a capacidade de identific�-lo”, destaca Renato Kfouri.

At� o momento, o infectologista explica que permanece a efic�cia das vacinas para as novas variantes. “Ainda assim, a propaga��o das novas vers�es do v�rus aumenta o n�mero de casos, mais leves, moderados ou graves, aumenta a press�o nos sistemas de sa�de”, diz.

Ansiedade


A identifica��o da variante brasileira do coronav�rus, chamada P.1, est� gerando ansiedade e d�vidas entre a popula��o, como avalia o infectologista Estev�o Urbano, do Comit� de Enfrentamento � COVID-19 de Belo Horizonte. Em contato com os m�dicos que est�o na linha de frente em Manaus, ele conta que as impress�es s�o de que o novo tipo, al�m de ser de mais r�pida propaga��o, tamb�m � mais agressivo – mas se trata de impress�es, nada ainda cientificamente comprovado.

“A nova cepa pode ter contribu�do para agravar o caos na cidade. N�o foi identificada logo no in�cio e hoje mais de 50% das pessoas infectadas em Manaus s�o pela variante. O n�mero de �bitos por l� est� no patamar mais grave at� agora. � fundamental manter a cautela”, diz Estev�o Urbano.
 
O infectologista critica o fato do governo federal, at� o momento, n�o ter adotado medidas concretas para barrar o caminho do v�rus mutante. Enquanto diversos pa�ses restringem voos e a entrada de brasileiros, pessoas vindas de Manaus, por exemplo, circulam livremente entre os estados.

“As novas cepas s�o motivo de preocupa��o mundial. Temos que estar vigilantes at� ter certeza absoluta se � mais transmiss�vel ou mais letal. N�o temos estudos, e precisamos ter antes de o caldo entornar. O Brasil tem que adotar protocolos de acompanhamento e mapeamento dessa cepa. O que ocorre em Manaus pode acontecer no pa�s todo", alerta.

Esfor�o conjunto

 

Por outro lado, a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laborat�rio de V�rus Respirat�rios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), pontua que o instituto vem trabalhando em redes de estudo sobre o genoma das vers�es do coronav�rus, junto a outras frentes de atua��o do Minist�rio da Sa�de e o Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��es.

“Em todo pa�s vem sendo feito um grande esfor�o nesse sentido. Temos amostras sendo analisadas em diversos laborat�rios. O objetivo � fornecer informa��es que possam auxiliar no melhor entendimento sobre a circula��o e import�ncia dessas variantes no pa�s. Se implicam ou n�o em mais transmissibilidade, mais ou n�o patogenicidade (capacidade de um agente biol�gico causar doen�a)", relata a virologista. 

 
O infectologista Una� Tupinamb�s, tamb�m integrante do comit� de combate � doen�a em BH, observa, por outro lado, que a nova cepa identificada em Manaus, em dezembro, n�o � totalmente respons�vel pelo crise no estado. “A situa��o come�ou a se deteriorar mesmo antes da presen�a dessa cepa. Isso se deve aos v�rios erros das autoridades sanit�rias, tanto da prefeitura, quanto do estado, no enfrentamento da pandemia naquela cidade”, opina.
 
Sobre os estudos gen�ticos em curso no Brasil, Una� lamenta terem come�ado tardiamente, em sua opini�o. “Em Minas, devemos ter dados sobre quais s�o as cepas prevalentes a partir da semana que vem. Se for identificado o tipo de maior transmissibilidade, teremos que rever alguns posicionamentos quanto � flexibiliza��o (das atividades econ�micas)”, acrescenta.
 
Para o infectologista, � necess�rio que a popula��o entenda, mais do que nunca, que a pandemia est� ainda no in�cio, e agora entra na pior fase. “O n�mero de casos est� aumentando assustadoramente. A m�dia m�vel no Brasil est� em 54 mil casos di�rios e cerca de 1 mil mortes todos os dias”, refor�a. Tomando todos os cuidados de preven��o, o especialista diz que � poss�vel fazer frente ao v�rus, seja ele mutante ou n�o.  
 
“Se as pessoas usarem m�scara, mantiverem o distanciamento de dois metros, evitarem aglomera��o, lavarem sempre as m�os, n�o tem muta��o nenhuma que consiga ser transmitida nesse ambiente”, observa o infectologista.
 
 

Investigada eventual variante em Minas

 
A Secretaria de Estado da Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), est� em processo de an�lise de amostras coletadas de pacientes origin�rios de Manaus, em conjunto com a Funda��o Ezequiel Dias (Funed). O pr�ximo passo � realizar o mapeamento gen�tico do v�rus, a fim de aferir se existe ou n�o uma nova linhagem do coronav�rus no estado. A secretaria informa que ainda n�o existem dados t�cnicos e cient�ficos que confirmem a variante em Minas Gerais.
 
"N�o se tem seguran�a nenhuma de como estar� essa epidemia no ano que vem, daqui a dois ou tr�s anos. Se o coronav�rus ter� muta��es, se uma mesma vacina ser� efetiva, se precisaremos ter outras vacinas. O que n�s estamos buscando, e isso tem sido um foco do grupo da Funed, � incorporar tecnologias. Agora, existem muitas vacinas no mundo, mas caso o v�rus venha a ter muta��es, precisamos ter condi��es de anualmente produzir vacinas”, disse o secret�rio de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.
 
Segundo nota t�cnica sobre a variante no Amazonas, divulgada na sexta-feira pela Fiocruz, a linhagem foi identifica em 91% dos genomas sequenciados no estado, o que a torna, hoje, a mais prevalecente. A institui��o sequenciou, desde o in�cio da pandemia, 250 genomas, sendo 177 provenientes de Manaus e outros 73 de 24 cidades do interior amazonense.
 
O infectologista Carlos Starling, outro integrante do comit� na capital mineira, diz que uma medida primordial para evitar o agravamento da dissemina��o de v�rus, mutantes ou n�o, seria evitar que ele viaje entre regi�es. �, no entanto, um perigo que j� acontece.

“A circula��o est� em grande velocidade. Pensar, por exemplo, que recebemos dos japoneses a informa��o de que a variante brasileira chegou por l� � preocupante. Demonstra que ultrapassou nossa capacidade de vigil�ncia”, diz.
 
Para Carlos Starling, medidas como restringir voos e acessos aos aeroportos n�o funcionaram no in�cio da pandemia e, em sua opini�o, tamb�m n�o v�o funcionar agora. Muitos pacientes de Manaus, onde a variante surgiu no Brasil, est�o sendo transferidos para outras cidades, visto que o sistema de sa�de est� sucateado.

“Mas, nesses casos, todos os cuidados s�o observados. O problema s�o as pessoas assintom�ticas, ou com sintomas leves, que saem da cidade para procurar tratamento em outras regi�es, sem declarar que est�o infectadas", aponta.  
 
Para o epidemiologista do Hermes Pardini e professor da Faculdade da Sa�de e Ecologia Humana (Faseh) Jos� Geraldo Leite Ribeiro, o risco de uma grande epidemia no Brasil est� presente desde janeiro de 2020. Em sua avalia��o, falta  lideran�a nacional para controle da situa��o, e ades�o �s medidas de preven��o � doen�a.
 
“Esse alerta tamb�m pode ter a ver com a proximidade do inverno, mas, mesmo assim, considerando que o SARS-CoV-2 � um v�rus muito recente, n�o d� para ter certeza se circula mais em uma ou outra esta��o do ano”, afirma. Para o especialista, a preocupa��o gerada pelas declara��es de Luiz Henrique Mandetta � um sentimento por ele experimentado desde o come�o, n�o s� agora.

"Muta��es de RNA nos v�rus acontecem o tempo todo. A quest�o � de acompanhamento e vigil�ncia. N�o sei o que o levou a esse racioc�nio, mas n�o falou nenhum absurdo. Mais de 220 mil pessoas mortas, para mim, j� � uma megaepidemia”, afirma Jos� Geraldo. O epidemiologista explica que a nova acelera��o no n�mero de casos pode estar relacionada ao vaiv�m das medidas de restri��o e flexibiliza��o no pa�s. "Se abre e tudo volta ao normal, a doen�a explode, se fecha, controla, e, se abre de novo, volta", avalia.  

Irresponsabilidade


O infectologista e professor em�rito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dirceu Greco pondera que n�o h� elementos robustos  para saber se a variante brasileira tem risco de se expandir ainda mais, mesmo sabendo que � mais infectante. “O contraponto importante � aumentar a produ��o e distribui��o das vacinas. Mas, levar� um tempo at� que toda popula��o esteja imune”, diz. Na opini�o de Dirceu, at� agora, o pa�s tem um governo irrespons�vel perante a pandemia.
 
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doen�as Infecciosas dos Estados Unidos, Antony Fauci, afirmou, na semana passada, que a variante do novo coronav�rus descoberta no Brasil poder� se tornar “mais dominante” devido ao seu poder maior de transmissibilidade. As autoridades sanit�rias dos EUA identificaram a muta��o em um paciente de Minnesota que, recentemente, viajou ao Brasil.Consultor do presidente Joe Biden, Fauci observou que a cepa pode levar a replica��es que agravem a doen�a respirat�ria.
 

Entenda como agem as novas cepas 

 
 
- Diferentemente das novas cepas identificadas no Reino Unido e na �frica do Sul, a variante brasileira do coronav�rus � mais preocupante, segundo especialistas, porque concentra diversas muta��es

- Est� comprovada a maior rapidez na transmiss�o das novas variantes do coronav�rus

- Ainda n�o h� comprova��es cient�ficas, mas a impress�o � de que as variantes tamb�m s�o mais agressivas

- As variantes do coronav�rus t�m poder maior de infectar crian�as e jovens

- Desde o in�cio da pandemia foram identificadas cerca de 800  linhagens do coronav�rus. O alerta surge quando um variante ganha poder de transmiss�o significativo

- Hoje, causam preocupa��o pelo menos tr�s variantes do Sars-CoV-2, conforme a OMS: a B.1.1.7, identificada em dezembro no Reino Unido; a 501Y.V2, encontrada na �frica do Sul, e a P.1, que emergiu no Amazonas

- A aten��o dos cientistas est� voltada a duas muta��es em particular: a N501Y, presente nas tr�s variantes, e a E484K, encontrada na da �frica do Sul e naquela que  circula no Brasil

- Ambas est�o localizadas em genes que codificam a esp�cula, a prote�na respons�vel por interagir com a c�lula do hospedeiro, o que, na pr�tica, facilita a entrada do coronav�rus nas c�lulas humanas.

- Sobre a N501Y, h� evid�ncias de que possa fazer o Sars-CoV-2 mais transmiss�vel e mais contagioso. O v�rus poderia levar mais pessoas ao hospital e elevar o n�mero de mortes, mas n�o se sabe com certeza, por�m, se a muta��o resulta em uma vers�o mais grave da COVID-19.

- Sobre a E484K, compartilhada pelas variantes de Manaus e da �frica do Sul e ainda por uma outra identificada em dezembro no Rio de Janeiro, chamada de  P.2  –, estudos t�m demonstradoque ela pode dificultar a a��o  de anticorpos

- Ela altera uma �rea da esp�cula chamada RBD (dom�nio de liga��o ao receptor), que se liga ao receptor das c�lulas humanas, exatamente onde atuam os anticorpos neutralizantes fabricados pelo sistema imunol�gico. Com a interfer�ncia, os anticorpos perdem a especificidade com o RBD e o v�rus tem um mecanismo de escape do sistema imune, que passa a encontrar maior dificuldade para agir

- Quanto mais o v�rus tiver liberdade para circular, maior a probabilidade de sofrer muta��es 

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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