
L�, 34 brasileiros aguardavam com ang�stia o resgate. Isolados do mundo e correndo risco de morte, essas pessoas foram trazidas de volta ao Brasil dentro da Opera��o Regresso � P�tria Amada Brasil, realizada pela For�a A�rea Brasileira (FAB).
Para realizar o resgate, duas aeronaves VC-2, utilizadas para o transporte presidencial, sa�ram da base a�rea de An�polis, Goi�s, com destino a Wuhan. Os avi�es carregavam 11 tripulantes e seis profissionais de sa�de da FAB, al�m de um m�dico do Minist�rio da Sa�de.
A modelo Adrielly Eger, de 19 anos, foi uma das resgatadas na miss�o que colocou a For�a A�rea Brasileira nos holofotes.
Em conversa com o Estado de Minas, ela conta como foi ver o in�cio da pandemia do novo coronav�rus, que j� matou mais de 2 milh�es de pessoas em todo o mundo.
A jovem foi at� a cidade chinesa para realizar seu primeiro contrato internacional. Segundo o acordo, ela ficaria na China por tr�s meses at� seguir para o Vietn�. Apesar do combinado, Adrielly, que � paranaense, acabou levando um susto quando se deparou com as fronteiras fechadas e lockdown.
“Eu n�o sabia que morava t�o perto do marco zero, onde tudo come�ou. Fiquei sabendo disso no dia em que fui repatriada. Fiquei apavorada. Ouv�amos ambul�ncias o dia todo. �ramos proibidos de sair nas ruas”, conta.
Ela diz que, ao descobrir a pandemia, sentiu muito medo, pois ningu�m ainda sabia lidar com a doen�a: “Chegamos a ter um decreto para fechar as janelas e portas. As autoridades achavam que o v�rus contaminava o ambiente”.
Resgate � P�tria Amada
Para a opera��o funcionar foi necess�rio que os dois avi�es cedidos pela presid�ncia fizessem quatro paradas para abastecimento. Primeiro em Fortaleza, seguido de Las Palmas (Espanha), Vars�via (Pol�nia) e Urumqi (China).
Foram ao todo 47 horas de voo e gastos, segundo o Minist�rio da Defesa, cerca de R$ 11,2 milh�es para o resgate.
Segundo informa��es dispon�veis no portal da FAB, v�rios minist�rios se mobilizaram para repatriar os brasileiros que estavam em Wuhan, assim como seus c�njuges chineses.
A Opera��o Regresso enviou 24 pessoas – entre tripulantes, m�dicos e jornalistas – para buscar os repatriados. No total, 34 pessoas que estavam no epicentro do cont�gio foram resgatadas e levadas para a Base A�rea de An�polis.
As 58 pessoas que fizeram a viagem completa a bordo das duas aeronaves da FAB ficaram de quarentena de 9 de fevereiro, quando o avi�o pousou em Goi�nia, at� o dia 27 do mesmo m�s.
“Eu me senti muito aliviada na volta, sabia que estava voltando para meu pa�s, para minha fam�lia. Depois de todo aquele medo, era tudo que eu precisava”, afirma Adrielly.
Segundo ela, todos foram muito bem recebidos: “Depois de passar por tanta dificuldade, tanto medo, foi bem melhor do que imaginei. Serei eternamente grata por tudo que fizeram por mim. A quarentena em Wuhan era perturbadora. Uma vez, eu e as outras meninas que estavam comigo chegamos a ficar sem comida. Sozinhas em um pa�s estranho, n�s passamos os dias sem ter certeza de quando poder�amos nos alimentar. Em An�polis foi totalmente ao contr�rio. N�o tive nenhuma preocupa��o em nenhum momento, porque quando cheguei ao Brasil, me senti em paz”.
“Seja bem-vinda de volta ao Brasil”
Durante a quarentena, os brasileiros isolados em An�polis passaram por diversas experi�ncias culturais. Entre elas, apresenta��es de dan�a e shows de m�sica.
Adrielly conta que durante um desses eventos, uma mulher chamou aten��o e se destacou da multid�o: “Ela me olhava bem nos olhos, de uma forma que parecia que ela dizia que ia ficar tudo bem. Eu me emocionei diversas vezes. Acredito que o momento mais marcante foi ouvir ‘seja bem-vinda de volta’. Chorei muito, fiquei muito abalada emocionalmente. Quando participamos desses eventos, era uma forma de sermos acolhidos. Era tudo muito emocionante.
A modelo tamb�m contou para a reportagem como foi se reencontrar com a fam�lia. Ela relata que ap�s viver dias infernais, ver a fam�lia foi “muito forte”.
“Cada um sofreu ali comigo. Encontr�-los de bra�os abertos, me esperando… foi muito forte. Eles me deram muito apoio. Me contaram que at� mesmo durante as refei��es lembravam de mim, porque sabiam que eu n�o tinha comida em Wuhan. At� hoje, quando assisto ao v�deo da volta, eu choro e lembro exatamente como me senti naquele dia.”
Curso de maquiagem
A jovem conta que depois que chegou ao Brasil acabou tendo a carreira prejudicada pela pandemia do novo coronav�rus. A modelo, que estava dando os primeiros passos na carreira, acabou tendo seu futuro estagnado.

Adrielly explica que, ap�s a como��o nacional pelo resgate dos brasileiros, muitas pessoas come�aram a segui-la no Instagram e a acompanhar a vida dela.
“Foi uma surpresa a hist�ria repercutir de forma que aconteceu. Eu n�o esperava. Muita gente me mandou mensagem de carinho, de amor. Sou muito grata por todos os brasileiros que proporcionaram isso para mim e para os outros passageiros”, comenta.
Um ano depois Um ano ap�s o registro dos primeiros casos de COVID-19 na cidade de Wuhan, epicentro da pandemia do novo coronav�rus, as medidas de prote��o contra o v�rus se tornaram apenas uma lembran�a.
Isso porque nenhum caso de cont�gio local foi reportado desde meados de maio.
Wuhan foi respons�vel pela maior parte das mais de 4 mil mortes na China por COVID-19, um n�mero que permaneceu praticamente est�tico por meses.
Elogiada por cientistas e aplaudida pela popula��o mundial, a cidade agora vive dias normais. At� mesmo o uso de m�scara foi diminu�do.
Resgate � P�tria Amada
Para a opera��o funcionar foi necess�rio que os dois avi�es cedidos pela presid�ncia fizessem quatro paradas para abastecimento. Primeiro em Fortaleza, seguido de Las Palmas (Espanha), Vars�via (Pol�nia) e Urumqi (China).
Foram ao todo 47 horas de voo e gastos, segundo o Minist�rio da Defesa, cerca de R$ 11,2 milh�es para o resgate.
Segundo informa��es dispon�veis no portal da FAB, v�rios minist�rios se mobilizaram para repatriar os brasileiros que estavam em Wuhan, assim como seus c�njuges chineses.
A Opera��o Regresso enviou 24 pessoas – entre tripulantes, m�dicos e jornalistas – para buscar os repatriados. No total, 34 pessoas que estavam no epicentro do cont�gio foram resgatadas e levadas para a Base A�rea de An�polis.
As 58 pessoas que fizeram a viagem completa a bordo das duas aeronaves da FAB ficaram de quarentena de 9 de fevereiro, quando o avi�o pousou em Goi�nia, at� o dia 27 do mesmo m�s.
“Eu me senti muito aliviada na volta, sabia que estava voltando para meu pa�s, para minha fam�lia. Depois de todo aquele medo, era tudo que eu precisava”, afirma Adrielly.
Segundo ela, todos foram muito bem recebidos: “Depois de passar por tanta dificuldade, tanto medo, foi bem melhor do que imaginei. Serei eternamente grata por tudo que fizeram por mim. A quarentena em Wuhan era perturbadora. Uma vez, eu e as outras meninas que estavam comigo chegamos a ficar sem comida. Sozinhas em um pa�s estranho, n�s passamos os dias sem ter certeza de quando poder�amos nos alimentar. Em An�polis foi totalmente ao contr�rio. N�o tive nenhuma preocupa��o em nenhum momento, porque quando cheguei ao Brasil, me senti em paz”.
“Seja bem-vinda de volta ao Brasil”
Durante a quarentena, os brasileiros isolados em An�polis passaram por diversas experi�ncias culturais. Entre elas, apresenta��es de dan�a e shows de m�sica.
Adrielly conta que durante um desses eventos, uma mulher chamou aten��o e se destacou da multid�o: “Ela me olhava bem nos olhos, de uma forma que parecia que ela dizia que ia ficar tudo bem. Eu me emocionei diversas vezes. Acredito que o momento mais marcante foi ouvir ‘seja bem-vinda de volta’. Chorei muito, fiquei muito abalada emocionalmente. Quando participamos desses eventos, era uma forma de sermos acolhidos. Era tudo muito emocionante.
A modelo tamb�m contou para a reportagem como foi se reencontrar com a fam�lia. Ela relata que ap�s viver dias infernais, ver a fam�lia foi “muito forte”.
“Cada um sofreu ali comigo. Encontr�-los de bra�os abertos, me esperando… foi muito forte. Eles me deram muito apoio. Me contaram que at� mesmo durante as refei��es lembravam de mim, porque sabiam que eu n�o tinha comida em Wuhan. At� hoje, quando assisto ao v�deo da volta, eu choro e lembro exatamente como me senti naquele dia.”
Curso de maquiagem
A jovem conta que depois que chegou ao Brasil acabou tendo a carreira prejudicada pela pandemia do novo coronav�rus. A modelo, que estava dando os primeiros passos na carreira, acabou tendo seu futuro estagnado.

Adrielly explica que, ap�s a como��o nacional pelo resgate dos brasileiros, muitas pessoas come�aram a segui-la no Instagram e a acompanhar a vida dela.
“Foi uma surpresa a hist�ria repercutir de forma que aconteceu. Eu n�o esperava. Muita gente me mandou mensagem de carinho, de amor. Sou muito grata por todos os brasileiros que proporcionaram isso para mim e para os outros passageiros”, comenta.
Um ano depois Um ano ap�s o registro dos primeiros casos de COVID-19 na cidade de Wuhan, epicentro da pandemia do novo coronav�rus, as medidas de prote��o contra o v�rus se tornaram apenas uma lembran�a.
Isso porque nenhum caso de cont�gio local foi reportado desde meados de maio.
Wuhan foi respons�vel pela maior parte das mais de 4 mil mortes na China por COVID-19, um n�mero que permaneceu praticamente est�tico por meses.
Elogiada por cientistas e aplaudida pela popula��o mundial, a cidade agora vive dias normais. At� mesmo o uso de m�scara foi diminu�do.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina
