
O infectologista membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro, tamb�m apontou para a pouca variedade de vacinas oferecidas no pa�s. “O que n�s estamos vendo � que a gente deveria ter muito mais tipos de vacinas, outras plataformas de vacina, da PFizer, da Moderna, para que a gente pudesse utilizar o maior n�mero de tipos de vacinas na popula��o”, disse.
O governo federal s� tem contrato assinado com o Instituto Butantan, para a compra da vacina CoronaVac; com a Fiocruz, para a compra da Covishield, conhecida como vacina de Oxford; e tamb�m com o cons�rcio internacional Covax Facility, pelo qual deve receber mais doses da Covishield.
O m�dico sanitarista e professor da Funda��o Getulio Vargas (FGV) Adriano Massuda, aponta um novo problema que pode surgir com a demora em criar um plano de imuniza��o e de coordena��o. O resultado � a pandemia mais longa no pa�s e, consequentemente, um per�odo de mais isolamento e que agrava a retomada econ�mica. Esses fatores ainda se somam a profissionais de sa�de cansados, leitos que est�o sendo fechados e uma s�rie de doen�as que n�o foram tratadas ao longo da pandemia que pressionam o sistema de sa�de.
“Al�m disso, os recursos que tivemos acesso no ano passado, n�o ser�o disponibilizados esse ano. N�o podemos contar com essa estrutura. E sem um controle dessa epidemia, teremos uma alta demanda com baixa resposta. � um cen�rio desesperador”, conclui o m�dico.
Para o futuro, Julival acredita que � necess�rio fazer uma coordena��o a n�vel nacional, convocar v�rios cientistas para que seja realizada uma an�lise cr�tica do que foi feito at� hoje. “Precisamos de estudos sobre as novas variantes, se s�o mais transmiss�veis, se a vacina vai funcionar, fazer testagem em massa na popula��o e fazer um estudo gen�tico da nova cepa para saber como ela est� se espalhando. Eu sou a favor do que a gente chama de bloqueio. Por exemplo, em Manaus, com tudo que est� acontecendo, tinha que ser feita uma vacina��o de bloqueio em massa na regi�o Norte. Mas para isso, � preciso ter uma discuss�o cient�fica baseada em dados”, concluiu. (BL, CS, MEC e NT)