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Estado de Minas IMUNIZA��O

Casos de COVID-19 em vacinados n�o significam inefic�cia do imunizante

Levantamento realizado pela 'Aos Fatos', ag�ncia de jornalismo especializada em checagem de informa��es, esclarece quest�es sobre vacinas contra o coronav�rus


26/02/2021 09:12 - atualizado 26/02/2021 13:38

(foto: Luis Robayo/AFP)
(foto: Luis Robayo/AFP)
Relatos de pessoas que adoeceram ou morreram de COVID-19 ap�s terem sido vacinadas se multiplicam nas redes sociais dentro de uma narrativa distorcida de que os imunizantes n�o s�o capazes de proteger algu�m da doen�a.

 

Desde janeiro, quando as vacinas foram aprovadas para uso emergencial no Brasil, postagens que levantam suspeitas sobre a efic�cia da imuniza��o acumulam ao menos 600 mil visualiza��es e 22,5 mil compartilhamentos no Facebook, al�m de circularem no WhatsApp.

 

Entretanto, levantamento da Aos Fatosag�ncia de jornalismo independente especializada em checagem de informa��es, esclarece v�rias quest�es sobre as vacinas contra o coronav�rus. %u2028

 

Mas, afinal, quem j� foi vacinado pode contrair COVID-19 ou contaminar outras pessoas? Os imunizantes em uso no pa�s s�o seguros? Explicamos a seguir.

 

� poss�vel pegar COVID-19 depois de vacinado?

Sim. As vacinas t�m uma taxa de efic�cia global que indica a capacidade de o imunizante reduzir as chances de um vacinado contrair a doen�a. A taxa da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, � de 50,38% – ou seja, quem receber as duas doses pode ficar 50,38% menos suscet�vel � contamina��o pelo novo coronav�rus. J� a vacina Oxford/AstraZeneca, produzida em parceria com Fiocruz (Funda��o Oswaldo Cruz), alcan�a uma efic�cia global de 82,4% ap�s a segunda aplica��o.

 

Nos dois casos, s�o necess�rias duas doses para que a imuniza��o seja eficaz, e a prote��o n�o se d� imediatamente ap�s a aplica��o. Na CoronaVac, a imunidade prevista pela taxa de efic�cia global geralmente � alcan�ada duas semanas ap�s a segunda dose, que deve ser aplicada em um intervalo de 14 a 28 dias depois da primeira, segundo nota do Instituto Butantan. Al�m disso, o n�mero de anticorpos pode continuar em crescimento at� um m�s ap�s a segunda imuniza��o, dependendo do organismo.

 

(foto: Ilustrac%u0327a%u0303o/Luiz Fernando Menezes/Aos Fatos/Reproduc%u0327a%u0303o)
(foto: Ilustrac%u0327a%u0303o/Luiz Fernando Menezes/Aos Fatos/Reproduc%u0327a%u0303o)
 

 

J� quem tomar a primeira dose da Oxford/AstraZeneca pode ficar 76% menos suscet�vel a contrair a COVID-19 entre o 22ª e o 90ª posterior � aplica��o, segundo um estudo preprint (n�o revisado por outros cientistas) publicado na revista The Lancet no in�cio de fevereiro. Depois desse per�odo, a segunda dose deve ser aplicada para completar os 82,4% de efic�cia geral.

 

Apesar da diferen�a entre as taxas de efic�cia global da CoronaVac e da vacina de Oxford, � importante que n�o haja compara��o entre elas. Conforme explicou Laura de Freitas, microbiologista e pesquisadora da USP (Universidade de S�o Paulo), as taxas variam de acordo com o tipo de vacina e do m�todo de pesquisa realizado. O Aos Fatos explicou mais sobre o assunto em janeiro.

 

Al�m da taxa de efic�cia global e do tempo que demora para a produ��o de anticorpos, para que a imunidade seja eficaz � preciso levar em considera��o tamb�m a cobertura vacinal. Isso porque apenas quando grande parte da popula��o estiver imunizada � que ser� poss�vel controlar a propaga��o do v�rus e reduzir os casos graves. At� o in�cio dessa semana, apenas 2,79% da popula��o havia sido vacinada no Brasil, segundo a Fiocruz.

 

� poss�vel contaminar algu�m mesmo estando vacinado?

 

Ainda n�o se sabe ao certo se as vacinas s�o capazes de bloquear ou n�o a transmiss�o do v�rus. Em meados deste m�s, a CoronaVac come�ou a ser aplicada massivamente na cidade de Serrana, no interior de S�o Paulo, para avaliar o seu potencial de diminui��o da taxa de transmiss�o do v�rus. A divulga��o dos resultados est� prevista para a segunda quinzena de maio.

 

O preprint sobre a vacina de Oxford/AstraZeneca publicado no in�cio de fevereiro afirma, com base na carga viral avaliada em volunt�rios, que a chance de transmiss�o do v�rus foi reduzida 67% ap�s a primeira dose do imunizante. Entretanto, os estudos cl�nicos seguem em andamento.

 

No momento, enquanto a grande maioria da popula��o ainda n�o foi vacinada, � necess�rio continuar com as medidas de preven��o, por exemplo, usar m�scara e evitar aglomera��es.

 
As vacinas s�o seguras?

 

Sim. Nenhuma das mortes relatadas nas redes sociais provou ter rela��o com as vacinas em uso no Brasil, CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. Al�m disso, os resultados das pesquisas realizadas com os dois imunizantes n�o mostraram efeito colateral grave.

 

A CoronaVac n�o apresentou efeitos adversos graves nas duas primeiras fases do ensaio cl�nico. O estudo publicado na revista cient�fica The Lancet em novembro mostrou que, na fase 1, a taxa ficou entre 13% e 38%, com predom�nio de sintomas leves, como dor no local da inje��o. Como grave e possivelmente relacionado � vacina, foi relatado apenas um caso de urtic�ria em que o participante foi medicado, se recuperou e n�o apresentou outras rea��es ao tomar a segunda dose.

 

Os resultados apresentados na The Lancet no dia 8 de dezembro sobre a vacina de Oxford/Astrazeneca tamb�m n�o indicaram efeito adverso grave ou morte. Durante os testes, 175 eventos graves foram observados, mas apenas tr�s deles (anemia hemol�tica e mielite) poderiam ter rela��o com a vacina��o.

 

Essas informa��es tamb�m est�o dispon�veis nas bulas autorizadas em janeiro pela Anvisa tanto da CoronaVac quanto da de Oxford/AstraZeneca.%u2028%u2028

 

Publica��es sobre mortes ap�s a vacina��o contra COVID-19 relacionadas a outros imunizantes contra COVID-19 t�m sido recorrentes em diferentes pa�ses, mas tamb�m n�o houve comprova��o de alguma rela��o.

O que � o coronav�rus

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.


A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia
  • Em casos graves, as v�timas apresentam:
  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
  • Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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