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Estado de Minas PANDEMIA

Mortes no Brasil crescem sete vezes mais que m�dia anual durante a pandemia

Segundo o Portal da Transpar�ncia do Registro Civil, 1.498.910 pessoas morreram no Pa�s entre mar�o de 2020 e fevereiro de 2021


15/03/2021 08:00 - atualizado 15/03/2021 08:51

(foto: AFP / SILVIO AVILA)
(foto: AFP / SILVIO AVILA)
Com a pandemia de COVID-19, o n�mero de mortes registradas nos �ltimos 12 meses no Brasil subiu 13,7% em rela��o ao per�odo anterior, aumento sete vezes maior do que a m�dia de crescimento anual de �bitos dos �ltimos 17 anos. De acordo com o Portal da Transpar�ncia do Registro Civil, mantido pela Associa��o Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e que traz dados dos cart�rios, 1.498.910 pessoas morreram no Pa�s entre mar�o de 2020 - quando a primeira morte por coronav�rus foi confirmada - e fevereiro de 2021.

Nos 12 meses anteriores, foram 1.318.186 �bitos. O primeiro ano da pandemia no Brasil teve, portanto, 180.724 mortes a mais do que o per�odo anterior.

Se analisados os mesmos intervalos de 12 meses desde 2003/2004, a m�dia de crescimento anual de �bitos no Pa�s era de 1,76%, com incremento m�dio de 23 mil �bitos a cada novo ano, sete vezes menos do que o observado no primeiro ano ap�s a chegada do coronav�rus.

Para o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (FMUSP), os dados refor�am a agressividade com que a pandemia atingiu o Pa�s. "Sair de uma m�dia de 1,76% para 13,7% � muito expressivo. Isso n�o foi um fen�meno localizado no tempo, explic�vel por um acidente como terremoto ou furac�o, mas, sim, algo espalhado durante todo o ano e por todo o territ�rio", diz.

Lotufo explica que o excedente de mortes de um ano para outro (180.724) n�o chega ao n�mero de �bitos por covid no Pa�s (255 mil no fim de fevereiro) porque mortes por outras causas diminu�ram com o isolamento. "Ca�ram, por exemplo, as mortes por acidentes de tr�nsito, as infantis", diz.

Por outro lado, al�m do impacto de uma nova doen�a, o n�mero de mortos no Pa�s pode ter aumentado de forma expressiva tamb�m por efeitos indiretos da pandemia, como explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil. "Tivemos tamb�m situa��es de pessoas que morreram sem assist�ncia m�dica tanto por medo de ir ao hospital e se contaminar quanto por falta de um leito", lembra ele.

Dados por Estado


O impacto do esgotamento da capacidade do sistema de sa�de na mortalidade pode ser visto nos n�meros da Arpen-Brasil por unidade da federa��o. A maior alta de mortes no primeiro ano da pandemia foi justamente no Amazonas, Estado que enfrentou o colapso do sistema de sa�de nas duas ondas da doen�a. Na �ltima delas, em janeiro, pacientes internados morreram por falta de oxig�nio.

No Amazonas, as mortes registradas entre mar�o de 2020 e fevereiro de 2021 cresceram 44,78% em rela��o aos 12 meses anteriores, passando de 16.741 para 24.238. O Estado de S�o Paulo tamb�m ficou acima do �ndice de crescimento m�dio brasileiro, com incremento de 19,55% nos �bitos registrados em seu territ�rio.

Pior m�s


Os dados do Portal da Transpar�ncia do Registro Civil mostram tamb�m um aumento de mortes ainda mais preocupante em fevereiro deste ano, quando o Pa�s j� era afetado por uma explos�o de casos.

O n�mero de brasileiros que morreram nesse �ltimo m�s foi 28% maior do que em fevereiro de 2020 - os �bitos passaram de 93.164 para 119.335 no per�odo.

Essa diferen�a pode ficar ainda maior porque a base de dados de fevereiro �ltimo ainda pode receber registros uma vez que o prazo para notifica��o da morte em cart�rio e envio do dado para o sistema federal da Arpen-SP � de 15 dias.

Antes de 2021, o total de mortos em fevereiro nunca havia ultrapassado os 100 mil.


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