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Estado de Minas PANDEMIA

Estados alertam para falta de rem�dios: "Colapso dentro do colapso"

Segundo documento do f�rum, j� s�o 18 estados que relatam escassez, por exemplo, de bloqueadores neuromusculares, usados para a intuba��o de pacientes nas UTIs


20/03/2021 08:50 - atualizado 20/03/2021 10:40

(foto: Sílvio Ávila/AFP)
(foto: S�lvio �vila/AFP)
Onze medicamentos - de analg�sicos a bloqueadores neuromusculares - podem faltar em at� dez dias no Pa�s, provocando, segundo o F�rum Nacional de Governadores, "um colapso dentro do colapso" que vive a sa�de p�blica do Brasil em raz�o da pandemia de covid-19. De acordo com documento do f�rum, j� s�o 18 os Estados que relatam a escassez, por exemplo, de bloqueadores neuromusculares, usados para a intuba��o de pacientes nas UTIs.

O alerta foi dado em dois of�cios enviados ontem pelo f�rum ao presidente Jair Bolsonaro e ao (ainda )ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello. Os documentos t�m como t�tulo "Irregularidades na cadeia de suprimento dos medicamentos utilizados para IOT COVID-19". IOT � a intuba��o orotraqueal, necess�ria para os pacientes graves com a doen�a.

De acordo com o texto, desde maio de 2020 o Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) acompanha e monitora, com as secretarias estaduais, o abastecimento de medicamentos integrantes do chamado "kit intuba��o". Al�m disso, afirmam que diante do "grave crescimento do n�mero de casos da doen�a nas �ltimas semanas, faz-se necess�rio reiterar a preocupa��o relatada pelo Conselho, em diversas oportunidades, ao Minist�rio da Sa�de, sobre irregularidades no abastecimento do SUS com medicamentos bloqueadores neuromusculares, anest�sicos e sedativos, utilizados em indu��o e manuten��o de tratamento, por meio de intuba��o orotraqueal".

Os governadores temem que a falta de a��o do minist�rio reproduza em escala nacional o desastre registrado em Manaus, quando, apesar de alertado sobre a iminente falta de oxig�nio, o governo federal teria se omitido em vez de impedir que pacientes morressem sufocados. A divulga��o dos of�cios serviria como prova de que os governadores pediram socorro antes da cat�strofe.

"S�o 18 Estados com escassez de bloqueadores neuromusculares", dizem os governadores. E pedem que o governo "fa�a as compras e distribua aos Estados e munic�pios para evitar a falta de 11 medicamentos para que a gente n�o tenha um colapso dentro do colapso hospitalar", segundo o governador do Piau� Wellington Dias (PT). Assinam o texto, entre outros, os do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Pernambuco, Paulo C�mara (PSB); do Esp�rito Santo, Renato Casagrande (PSB); e Waldez G�es (PDT), do Amap�.

O documento diz ainda que ao menos 11 medicamentos est�o em falta ou com baixa cobertura (entre zero e 20 dias) em mais de dez Estados. A situa��o dos bloqueadores neuromusculares � a mais grave. Diante disso, eles pedem compras emergenciais de forma intensiva pelo per�odo m�nimo de 60 dias, "levando-se em considera��o quantidades suficientes para distribui��o" a todos os Estados". Sugerem at� compras internacionais com o uso da For�a A�rea Brasileira. Querem ainda redu��o do pre�o dos rem�dios, que sofreram um aumento de 75% na crise, e pedem o adiamento de todas as cirurgias eletivas no Pa�s por um prazo de 60 dias.

Pre�os em alta

Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Sa�de de Porto Alegre aponta aumento de pre�o que variou entre 200% e 400% em rela��o aos medicamentos e insumos para tratamento de covid-19. A an�lise incluiu 22 f�rmacos, relacionando pre�os de ata do Minist�rio da Sa�de e comparando a valores praticados entre mar�o de 2020 e agora. O cisatrac�rio, um bloqueador neuromuscular, teve aumento m�dio de 434%. De R$ 15,73 no ano passado, passou a custar R$ 84,03. O rocur�nio, um relaxante muscular, subiu 362%, de R$ 19,26 para R$ 89,13.

Diante disso, o prefeito Sebasti�o Melo mandou ontem of�cio ao procurador-geral de Justi�a Fabiano Dallaz pedindo investiga��o. "O que est� acontecendo � criminoso. Tenho certeza de que o MP adotar� todas as provid�ncias para coibir esse absurdo praticado por laborat�rios." (COLABOROU JO�O PRATA)


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