“Em rela��o ao cronograma, o que n�s temos s�o doses estimadas porque isso depende das entregas. [...] Agora, no m�s de abril, n�s temos asseguradas 30,5 milh�es de doses dessas vacinas, que s�o produzidas nas nossas duas institui��es, Fiocruz e Instituto Butantan. Isso � o que a gente tem certo”, declarou durante coletiva de imprensa no evento de lan�amento da campanha de vacina��o contra a gripe.
O ministro explicou que havia uma possibilidade do Minist�rio da Sa�de contar com a vacina Covaxin, da Bharat Biotech, por�m o imunizante n�o obteve autoriza��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para ser importado e aplicado na popula��o brasileira.
“Houve problema de registro. Isso estava tratado com a Bharat Biotech. Infelizmente, a Anvisa n�o autorizou e a gente teve que retirar essa previs�o de doses”, disse.
Cronograma sem atualiza��o
Apesar de afirmar que retirou a previs�o do recebimento dessas doses, o cronograma de recebimentos de imunizantes contra a covid-19, divulgado no portal do Minist�rio da Sa�de, ainda conta com os 8 milh�es de doses da Covaxin que seriam entregues at� o final deste m�s. Isso porque o documento n�o � atualizado desde 19 de mar�o.
No cronograma divulgado est� prevista a entrega de 47,3 milh�es de imunizantes contra o novo coronav�rus. Questionado pelo Correio na �ltima semana, o Minist�rio da Sa�de respondeu que ainda n�o sabe se o documento ir� prosseguir com as atualiza��es.
A orienta��o da pasta aos jornalistas foi para que buscassem atualiza��es do cronograma junto aos respectivos laborat�rios que fecharam acordo com o governo federal, a fim de confirmar o n�mero de vacinas que ser�o entregues ao pa�s.
Campanha “acelerada”
Apesar de reconhecer que tem capacidade para vacinar mais brasileiros, o ministro Queiroga acredita que a campanha de vacina��o contra a covid-19 est� “acelerada” no Brasil. “O Brasil j� � o quinto pa�s que mais vacina e o nono pa�s que mais vacina por 100 mil habitantes, e n�s j� vacinamos 1 milh�o de pessoas por dia”, disse.
O cardiologista lamentou n�o ter mais vacinas dispon�veis para poder imunizar os brasileiros, mas refor�ou que este n�o � um problema s� do Brasil. “� claro que n�s quer�amos vacinar mais. [...] Lamentavelmente n�s n�o temos essa quantidade de vacinas. Nem n�s, nem a maioria dos pa�ses do mundo”, ponderou.
Segundo Queiroga, se o pa�s tivesse garantido entre 40 e 50 milh�es de vacinas nos pr�ximos tr�s meses, ele atingiria a capacidade de imunizar 2,4 milh�es de indiv�duos por dia. Para sanar a falta de vacinas dispon�veis, o ministro garantiu que busca na diplomacia com outros pa�ses, a entrega mais c�lere de insumo farmac�utico ativo (IFA), necess�rio para a produ��o das vacinas no Brasil, e at� mesmo imunizantes prontos.
“Eu n�o quero aqui me ater a detalhes dessas negocia��es porque s�o negocia��es internacionais sens�veis, e que n�s n�o podemos estar antecipando essas quest�es sob pena de perder a oportunidade de neg�cio. Nenhum de n�s aqui quer que o Brasil perca a oportunidade de adquirir uma dose sequer de vacina”, justificou a falta de informa��es sobre acordos com outros pa�ses.
Queiroga se retirou um pouco antes do fim da coletiva de imprensa por causa de uma reuni�o e pediu “licen�a” aos jornalistas presentes a fim de buscar mais vacinas para o pa�s. “Eu vou pedir desculpas a voc�s porque eu preciso conseguir mais vacinas para o Brasil. Se eu tiver alguma coisa certa, pode ter certeza que vou falar para voc�s”, completou antes de se retirar do evento.