(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Minist�rio da Sa�de

Taxa de morte materna pela COVID-19 dobra; governo orienta adiar gravidez

Especialistas apontam que grande parte das mortes maternas pela COVID � decorrente de falhas na assist�ncia a gr�vidas e mulheres que acabaram de dar � luz


17/04/2021 08:00 - atualizado 17/04/2021 09:20

(foto: FreePics)
(foto: FreePics)

 

O secret�rio de Aten��o Prim�ria � Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Raphael Medeiros, afirmou ontem que a pasta recomenda �s mulheres que, se poss�vel, adiem a gravidez enquanto durar o pico da pandemia. As taxas de morte materna pela covid-19 no Brasil dobraram este ano na compara��o com 2020. Em m�dia, foram 108 mortes mensais em 2021, ante 54 no ano passado. Desde o in�cio da pandemia, foram 979 mortes de gr�vidas e mulheres que acabaram de dar � luz. O governo recomenda que gr�vidas de grupos priorit�rios se vacinem, ap�s avalia��o m�dica.



"Neste momento do pico epid�mico, pela situa��o que est� acontecendo em alguns locais, deve ser avaliado - como aconteceu com o zika v�rus em 2016 -, caso poss�vel, postergar um pouco a gravidez para um melhor momento, com uma gravidez mais tranquila", disse Medeiros, que atribuiu a piora � nova variante do v�rus. "� �bvio que a gente n�o pode falar isso para algu�m que tem 42 ou 43 anos, mas para uma mulher jovem, que pode escolher seu momento de engravidar, o mais indicado agora � esperar um pouquinho at� a situa��o ficar um pouco mais calma", completou.

Segundo Medeiros, apesar da falta de estudos, "a vis�o cl�nica de especialistas mostra que a variante nova tem a��o mais agressiva" nas gr�vidas. "Antes estava mais ligada ao final da gravidez e puerp�rio e hoje j� vemos evolu��o mais grave no 2º trimestre e qui��, por vezes, at� no 1º trimestre." Especialistas apontam que grande parte das mortes maternas pela covid � decorrente de falhas na assist�ncia a gr�vidas e mulheres que acabaram de dar � luz.

Dados sobre mortes de gestantes e pu�rperas revelam que um quarto das que morreram este ano n�o recebeu atendimento em UTI, segundo levantamento do Estad�o. Conforme o Sivep-Gripe, banco de dados do minist�rio, a propor��o de gr�vidas que morreram no in�cio da gesta��o n�o se alterou ante o ano passado. A maior parte dos �bitos ocorreu no �ltimo trimestre de gesta��o.

Exemplos de mortes maternas identificadas pelo Estad�o incluem mulheres testadas com exames de baixa qualidade e que demoraram a ter aten��o m�dica para covid. Algumas deram � luz intubadas; outras nem conheceram os beb�s.

Foi o caso da cantora Roci Mendon�a, de 39 anos. Gr�vida, deu � luz em Manaus, n�o resistiu �s complica��es da covid e morreu em 9 de janeiro. "Se tivesse sido tratada r�pido, estaria aqui", diz o marido, o core�grafo Raony Silva, de 28 anos. "� complicado o SUS em Manaus, � muita gente." A mulher fez testes r�pidos, que deram resultado negativo, e foi mandada para casa antes de ter a confirma��o da doen�a por meio de um exame PCR, considerado padr�o para detectar a infec��o.

Ela deu � luz em 31 de dezembro em uma cesariana. Silva conta que a mulher s� conheceu a crian�a por fotos. Dias ap�s o parto, Roci piorou e morreu. Tamb�m infectado, Silva tentava se recuperar da covid em casa. "Tive de aprender em uma semana a cuidar, pegar, dar banho, fazer dormir, tudo", conta. Max tem tr�s meses.

O governo destinou R$ 247 milh�es a a��es de apoio para gr�vidas e pu�rperas. A ideia � refor�ar redes de aten��o, dar condi��es para que as gestantes fa�am teste no fim da gravidez e, se preciso, possam fazer isolamento e evitar a infec��o.

Cautela

"� prudente acompanhar o n�mero de casos, aumento do cont�gio e gravidade de interna��es por covid, antes de tomar a decis�o de engravidar", diz a ginecologista e coordenadora cient�fica de obstetr�cia da Associa��o de Ginecologia e Obstetr�cia do Estado de S�o Paulo, Silvana Maria Quintana, que destaca ser uma decis�o exclusiva da fam�lia. Segundo ela, "mulheres com idade avan�ada, que fazem algum tipo de tratamento e n�o podem esperar, podem optar pela gesta��o com acompanhamento m�dico".

Silvana ainda refor�a a import�ncia do pr�-natal. "Temos visto casos de gestantes com medo de sair, deixando de fazer pr�-natal e tendo complica��es durante a gesta��o como descontrole da press�o. Deve-se manter o acompanhamento m�dico em dia, at� para evitar situa��es que levem a agravamento do quadro da m�e, caso venha a contrair covid."

O minist�rio recomenda que gr�vidas com comorbidades como diabete, hipertens�o e obesidade recebam a vacina, segundo portaria de 15 de mar�o. As recomenda��es permitem a vacina��o de gr�vidas, lactantes e pu�rperas com comorbidades, mas consideram que a decis�o deve ser tomada por elas ap�s avalia��o de risco e benef�cios com aux�lio m�dico. Gr�vidas sem doen�as pr�vias podem tomar a vacina se fizerem parte de outros grupos priorit�rios do Plano Nacional de Vacina��o. S�o grupos priorit�rios, por exemplo, profissionais da sa�de, professores e agentes de seguran�a, com ou sem comorbidades. Ainda n�o h� data prevista para gr�vidas sem comorbidades de categorias profissionais n�o priorit�rias. (Colaborou Jefferson Perleberg, especial para o Estad�o)


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)