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Estado de Minas PANDEMIA

Brasil passa de 400 mil mortes longe de frear a COVID e acelerar vacina��o

Um m�s e seis dias depois de completar 300 mil �bitos, pa�s chega a mais uma marca triste em cen�rio cada vez mais assustador


29/04/2021 18:00 - atualizado 29/04/2021 23:11

Demanda por leitos continua em alta no país ao mesmo tempo em que número de mortes chega a ritmo impressionante(foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
Demanda por leitos continua em alta no pa�s ao mesmo tempo em que n�mero de mortes chega a ritmo impressionante (foto: Marcelo Casal Jr/Ag�ncia Brasil)
 
Numa trag�dia j� anunciada h� meses por especialistas, o fracasso brasileiro no combate � pandemia leva o pa�s a contabilizar oficialmente 400 mil vidas perdidas pelo coronav�rus. A marca assustadora foi atingida nesta quinta-feira (29/4), com o registro de 3.001 �bitos em 24 horas, de acordo com dados do Conselho Nacional dos Secret�rios de Sa�de (Conass) e do Minist�rio da Sa�de. O total de mortes � de 401.186.
 
Durante um ano e dois meses, o cen�rio mais visto em todo o territ�rio nacional foi de fam�lias inteiras sendo dizimadas pelo v�rus, cemit�rios em colapso e hospitais sem vagas para interna��o, al�m de uma crise financeira que atinge v�rios setores da sociedade.

Por mais que o processo de vacina��o esteja avan�ando no Brasil, ainda que de forma lenta, � praticamente imposs�vel apontar um momento em que a popula��o estar� devidamente segura e poder� retornar � vida normal. Em abril, mesmo num per�odo em que a maior parte do pa�s adotou s�rias medidas de isolamento social, foram 79.811 �bitos registrados, mais que qualquer outro m�s de pandemia. Em mar�o, foram mais de 66 mil �bitos. 

No ano passado, o pa�s demorou quase cinco meses para atingir os primeiros 100 mil mortos, outros cinco meses para chegar aos 200 mil. Posteriormente, foram necess�rios dois meses e meio para alcan�ar as 300 mil v�timas. A faixa dos 400 mil �bitos veio apenas 36 dias depois.

N�o bastasse a batalha perdida, faltam leitos de UTI em boa parte dos estados e os medicamentos para intuba��o v�m sendo distribu�dos pelo governo a conta-gotas. Apesar de o panorama ser grave desde a virada do ano, com o aumento exponencial de infectados e �bitos, o Brasil demorou para se preparar para o pior momento da pandemia. 
 
 

'A morte � o ponto final do processo'


Na vis�o do professor da faculdade de medicina da UFMG, Dirceu Greco, presidente da Sociedade Brasileira de Bio�tica, o Brasil ainda n�o sentiu o efeito das restri��es na economia feitas entre o fim de mar�o e boa parte de abril. “O impacto sobre a mortalidade n�o � imediato. A morte � o ponto final do processo, em que a pessoa tem sintoma, procura o servi�o m�dico para ser atendido, interna e � levado para a UTI. Esse processo demora em torno de 15 a 20 dias. O processo todo dura mais de um m�s e reflete o que ocorreu mais para tr�s.”

Ele entende que s� uma medida totalmente en�rgica seria suficiente para amenizar o caos gerado pela doen�a: “A sociedade da qual eu fa�o parte vem pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que possamos ter um lockdown de 21 dias, coordenado nacionalmente. Se isso ocorresse, pode ter certeza que surtiria efeito e as pessoas que dependem do com�rcio teriam vendas suficientes depois para conseguir sobreviver.”.
 
 

Um levantamento recente feito pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que os �ndices de interna��es e mortes se estabilizem em n�veis elevados, entre 2 e 3 mil vidas perdidas di�rias. H� ainda o risco de uma terceira onda da COVID-19 assolar o pa�s e provocar mais p�nico e medo, por causa da explos�o de casos das variantes inglesa e do Amazonas.

“Estamos em um momento ideal para restringir aglomera��es e fazer uma reabertura mais lenta e planejada. Esse aumento de mobilidade e contato entre as pessoas pode levar a uma manuten��o do n�mero de hospitaliza��es em um patamar muito alto, o que � p�ssimo”, alerta o pesquisador da Fiocruz, Leonardo Bastos.  

Desde fevereiro do ano passado, mais de 14,5 milh�es de brasileiros contra�ram a doen�a (foram 69.389 casos nas �ltimas 24 horas), dos quais mais de 13 milh�es se recuperaram. Nessa semana, o pa�s foi superado pela �ndia, que atingiu 18,3 milh�es de infectados. Entretanto, o pa�s asi�tico obteve quase a metade do n�mero de mortes do que o territ�rio sul-americano: 205 mil. 

Primeira morte


A primeira morte da doen�a no Brasil foi confirmada pelo Minist�rio da Sa�de em 17 de mar�o do ano passado, a diarista Rosana Urbano, de 57 anos, em S�o Paulo. Anteriormente, o primeiro caso foi notificado em 25 de fevereiro, de um homem de 61 anos que voltou de voo da It�lia, que, naquele momento, foi o epicentro da doen�a. 

Em Minas, o primeiro �bito causada pelo COVID em 29 de mar�o de 2020. A v�tima foi uma mulher, identificada como Marlene Eunice Vannucim, de 82 anos, que morreu no Hospital Biocor, em Belo Horizonte, onde estava internada.


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