(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Mesmo ferida, professora correu para alertar colegas sobre ataque em creche de SC

Cinco pessoas foram mortas a facadas por adolescente de 18 anos


04/05/2021 20:09 - atualizado 04/05/2021 22:38

(foto: Professora trabalhava em creche há 10 anos)
(foto: Professora trabalhava em creche h� 10 anos)
 

Na manh� desta ter�a-feira, 4, a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, se prontificou a atender um estranho que apareceu na creche Pr�-Inf�ncia Aquarela, onde trabalhava em Saudades, cidadezinha no oeste de Santa Catarina. Lugar pacato, quem imaginaria uma trag�dia dessas? Pega desprevenida, acabou atacada a golpes de fac�o e, mesmo com ferimentos graves, correu para alertar os demais sobre o agressor e tentar proteger os meninos e meninas, todos de seis meses a dois anos.

 

 


N�o houve tempo sequer para receber socorro m�dico: a professora foi a primeira a ter morte confirmada. O massacre soma cinco v�timas at� o momento. "Ela foi uma verdadeira super-hero�na. Conseguiu proteger v�rias crian�as, mas perdeu a pr�pria vida", diz a prima Silvana Ester Helfer, de 29 anos.


As duas eram bem amigas desde a inf�ncia, quando a fam�lia de Keli se mudou de uma �rea afastada para um casa mais perto do centro de Saudades, munic�pio localizado na regi�o de Chapec�-SC. Neta mais velha, a professora era solteira, tinha um irm�o e ainda morava com os pais.

Na verdade, Keli era formada em Sistemas de Informa��o, mas se dava bem mesmo com crian�a. Podia passar horas brincando ou cuidando delas, segundo a fam�lia. Tanto que conseguiu um emprego fora da sua �rea e virou professora da creche h� mais de cinco anos.

"Eu tive uma filha, rec�m-nascida, que s� viveu 2h30 e Keli seria a madrinha dela. Mas a nossa fam�lia nunca viveu nenhuma trag�dia parecida com a de hoje", afirma Silvana, que � m�e de outro menino. "Ele adora a tia. Na semana passada, at� me perguntou quando a gente iria para a casa dela brincar."

No seu perfil no Facebook, Keli costumava compartilhar mensagens positivas e campanhas beneficentes. Entre as a��es, publicou recentemente imagens de uma visita a um lar de idosos em Pinhalzinho, cidade vizinha. Tamb�m h� posts de quando deixou o cabelo crescer para do�-lo.

"Era uma pessoa muito alegre, espont�nea e carism�tica. De uma luz interior incr�vel: passava tranquilidade para todo mundo e deixava todo lugar mais feliz", descreve Silvana, que foi para a casa dos tios, ampar�-los, ap�s o ataque. "O munic�pio inteiro est� em choque."

Com popula��o estimada de 9,8 mil habitantes, � comum que as pessoas sejam pr�ximas em Saudades. No entanto, a fam�lia de Keli afirma nunca ter ouvido falar do criminoso - identificado pela Pol�cia Civil como Fabiano Kipper Mai, de 18 anos.

Silvana conta que acordou animada na manh� da trag�dia. P�s uma m�sica e come�ou a tirar as roupas da m�quina de lavar, quando o telefone tocou. Era a m�e:"Filha, est� sentada? � melhor sentar". "Levei um susto. A not�cia chegou como uma bomba. Keli era uma pessoa t�o boa que ningu�m est� acreditando ainda. N�o h� muito o que dizer. J� tentei deitar, puxar os olhos, dizer que � mentira. Queria muito que fosse mentira."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)