
O mais comum � o fungo causar infec��es de menor risco, como a candid�ase na mucosa da vagina e o sapinho (na boca). Por�m, quando a patogenia chega � corrente sangu�nea, o quadro � fatal – 60% dos pacientes n�o sobrevivem.
Mas, como o superfungo chega at� a corrente sangu�nea? Segundo os pesquisadores, isso acontece por v�rios fatores, entre eles, no uso de sondas e de cateteres para acesso �s veias, procedimentos comuns em pacientes com COVID-19.
O mesmo vale para uso de corticoides (que suprimem a resposta imune) e antibi�ticos (que desequilibram a microbiota intestinal). O pr�prio novo coronav�rus pode causar les�es no intestino, levando o superfungo para a corrente sangu�nea.
Como se prevenir?
De acordo com os pesquisadores, a limpeza dos hospitais contra infec��es � fundamental. O problema � que o Candida auris � bastante resistente a medicamentos e desinfetantes.“Essa esp�cie rapidamente se torna resistente a m�ltiplos f�rmacos, sendo pouco sens�vel a produtos desinfetantes utilizados em centros m�dicos. Dessa forma, consegue persistir no ambiente hospitalar, onde coloniza profissionais de sa�de e, posteriormente, pacientes cr�ticos que necessitam de interna��o prolongada, a exemplo dos portadores de formas graves da COVID-19”, diz Arnaldo Colombo, coordenador da pesquisa.
Dessa maneira, o mapeamento frequente desse tipo de micro-organismo � importante. Por�m, s� um equipamento espec�fico, raro na maioria dos hospitais, detecta exatamente o superfungo.
“Se a an�lise for feita por m�todos automatizados convencionais, a C. auris pode ser confundida com outras esp�cies, como C. haemulonii, ou C. lusitaniae. Por isso o ideal � que qualquer cepa de Candida que apresente resist�ncia a f�rmacos seja enviada para an�lise em laborat�rio de refer�ncia”, afirma Colombo.
Hist�rico
O superfungo foi mapeado pela primeira vez no Jap�o em 2009. Em 2016, o mesmo grupo de pesquisadores da Unifesp descreveu o micro-organismo na Venezuela.Depois, ele tamb�m chegou a outros pa�ses latinos: Chile, Col�mbia e Panam�. E, por �ltimo, em Salvador, no fim do ano passado.