O caso do Distrito Federal foi detectado primeiro pela Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de (SVS) do Minist�rio da Sa�de, e depois confirmado pelas autoridades locais de Bras�lia. O passageiro � brasileiro mas mora na �ndia, segundo o secret�rio de Sa�de do DF, Osnei Okumoto. Ele veio para o Brasil a passeio, em um avi�o no qual havia uma pessoa diagnosticada com a variante indiana. O homem tamb�m fez escalas no Rio de Janeiro e no aeroporto de Guarulhos (SP) antes de chegar ao Distrito Federal.
Segundo Okumoto, o homem est� isolado em casa. Ele foi visitado por profissionais da secretaria de Sa�de do DF, que o examinaram e colheram material para um teste do tipo RT-PCR. O homem est� assintom�tico, e os resultados do teste para determinar se ele est� contaminado ou n�o devem sair nesta ter�a-feira, dia 25.
At� o momento n�o h� registro de casos da variante indiana em Bras�lia, segundo o governo do Distrito Federal comandado por Ibaneis Rocha (MDB). Por ora, o governo local n�o aplicar� qualquer barreira para tentar evitar a chegada da nova variante.
No s�bado, o Minist�rio da Sa�de anunciou medidas para tentar conter o espalhamento da variante indiana da covid-19 no Pa�s. A pasta despachou 600 mil unidades de testes de ant�genos para o Maranh�o, onde j� existem casos confirmados. O Estado tamb�m receber� 300 mil doses adicionais das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca para refor�ar a vacina��o em alguns munic�pios, como Pa�o do Lumiar, Raposa e S�o Jos� de Ribamar, al�m da capital S�o Lu�s. Al�m disso, haver� barreiras sanit�rias em aeroportos, rodovi�rias e algumas rodovias.
Ao todo, seis tripulantes de um navio cargueiro vindo da Mal�sia foram identificados com a 'variante indiana' no Maranh�o, no fim da semana passada. Um deles est� internado na UTI de um hospital privado de S�o Lu�s - os demais est�o em quarentena no pr�prio navio. Ao menos 100 pessoas tiveram contato com os tripulantes infectados. Elas ser�o testadas e monitoradas, segundo o secret�rio de Sa�de maranhense, Carlos Lula. O Minist�rio da Sa�de disse estar ajudando no rastreamento dos contatos e no monitoramento dos infectados. O navio estava fretado pela mineradora Vale para o transporte de min�rio de ferro.
A variante B.1.617 parece possuir caracter�sticas que a tornam mais transmiss�vel que outras cepas do coronav�rus. Esta caracter�stica pode ter contribu�do para o recente aumento de casos na �ndia, local onde acredita-se que a nova cepa tenha surgido. Por causa destas caracter�sticas, ela foi classificada como uma "variante de preocupa��o global" pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).
Monitoramento
O Distrito Federal n�o � a �nica unidade da federa��o em que h� suspeitas de infec��o pela nova variante do coronav�rus. Poss�veis situa��es de cont�gio s�o investigadas em pelo menos outros tr�s Estados: Rio de Janeiro, Cear� e Par�.
No Rio, a prefeitura de Campos dos Goytacazes est� acompanhando o caso de um morador que voltou da �ndia neste s�bado, dia 22. Ele estava no pa�s a trabalho, e j� teve o diagn�stico de Covid-19 confirmado por um teste RT-PCR - ele desembarcou no aeroporto de Guarulhos. Ele est� apresentando sintomas, como dor de cabe�a e rouquid�o. O homem est� isolado e amostras est�o sendo sequenciadas para saber se ele se contaminou com a variante indiana ou n�o.
Depois do Maranh�o, o segundo Estado a investigar suspeitas da nova variante foi o Cear�. Trata-se de um cidad�o indiano, tripulante de um navio mercante, que estava no porto de Pec�m, na Regi�o Metropolitana de Fortaleza. Ele testou positivo para a doen�a, sem contudo apresentar sintomas da doen�a. Uma amostra foi enviada para sequenciamento gen�tico, de modo a determinar de qual variante se trata.
No Par�, a Secretaria de Sa�de investiga dois casos suspeitos de infec��o pela nova variante, no munic�pio de Primavera, a 193 quil�metros da capital Bel�m. Os pacientes teriam vindo do litoral do Maranh�o. Eles j� est�o em isolamento, e amostras extra�das dos dois foram enviadas para serem sequenciadas no Instituto Evandro Chagas.