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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Brasil � espera da terceira onda do coronav�rus

Alguns especialistas esperam a terceira onda em junho ainda mais letal que as duas primeiras; Brasil � o segundo pa�s com mais mortes pela doen�a no mundo


08/06/2021 10:16 - atualizado 08/06/2021 11:17

(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
No Brasil, o segundo pa�s com mais �bitos pelo coronav�rus, a soma da lenta vacina��o, reabertura prematura da economia e o potencial da variante Delta, identificada pela primeira vez na �ndia, preveem uma nova onda dur�ssima da pandemia.

Alguns especialistas falam da chegada de uma terceira onda em junho ainda mais letal que as duas primeiras, visto que parte de um plat� muito mais alto, com m�dia m�vel de cerca de 2.000 mortes di�rias.

Outros antecipam que no Brasil n�o se pode falar em ondas porque nunca nos 16 meses de pandemia conseguiu-se sufocar o v�rus at� a queda m�nima de mortes e casos, como aconteceu, por exemplo, em pa�ses europeus, algo que atribuem ao presidente Jair Bolsonaro e sua campanha contra as quarentenas por seus nocivos efeitos econ�micos.

Nos dram�ticos meses de mar�o e abril, quando chegou-se a um pico de mais de 4.000 mortos em um �nico dia, quase todos os governadores voltaram a adotar o fechamento de servi�os n�o essenciais e toques de recolher noturnos.

Mas nem bem os n�meros come�aram a cair, as medidas foram relaxadas, segundo os especialistas, de forma prematura, enquanto o pa�s de 212 milh�es de habitantes se aproxima do meio milh�o de mortos e apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por 100.000 habitantes do mundo (mais de 220).

"Intensifica��o"


Em seu �ltimo boletim extraordin�rio, a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) advertiu que a "flexibiliza��o" das medidas levar� a "uma intensifica��o da pandemia" nas pr�ximas semanas.

Embora a m�dia de mortes permane�a est�vel, o n�mero de casos tende a subir em quase todo o pa�s nas �ltimas semanas.

"Este processo de mantuten��o de taxas elevadas de mortalidade, junto com o aumento das taxas de incid�ncia, pode ter como consequ�ncia um agravamento da crise sanit�ria", adverte Fiocruz.

A institui��o tamb�m advertiu na sexta-feira que 12 dos 26 estados e o Distrito Federal apresentam um aumento de casos de S�ndrome Respirat�ria Agua Grave (SRAG), que em sua grande maioria s�o produto do coronav�rus.

"No Brasil, conseguiu-se normalizar uma hecatombe sanit�ria sem precedentes e as pessoas vivem na maioria dos casos como se n�o houvesse uma pandemia. Por isso, as previs�es s�o de que esta terceira recrudesc�ncia seja muito intensa porque sa�mos de um degrau muito alto e de uma circula��o viral muito intensa, que vai se intensificar ainda mais", explicou � AFP Jos� David Urb�ez, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Variante incerta


Bolsonaro, que em outra pol�mica decidiu sediar no Brasil a Copa Am�rica 2021, � alvo h� semanas de uma CPI no Senado pela gest�o ca�tica de seu governo na pandemia, em parte pelo in�cio tardio e o lento avan�o da vacina��o.

At� agora, menos de 11% dos brasileiros receberam as duas doses das vacinas dispon�veis no pa�s.

Mas na semana passada, em pronunciamento � na��o, Bolsonaro voltou a prometer que "todos os brasileiros" ser�o vacinados em 2021, uma meta questionada por especialistas.

E voltou a se vangloriar de que por n�o ter obrigado ningu�m a ficar em casa, o Brasil foi um dos pa�ses do mundo que "mais cresceram" no primeiro trimestre (+1,2%).

Para Mauro S�nchez, epidemiologista da Universidade de Bras�lia (UnB), a intensidade da terceira onda da pandemia depender� em parte do ritmo da vacina��o.

"Se a velocidade de imuniza��o � inferior, em termos do efeito ben�fico que ela tem, ao peso negativo que o relaxamento das medidas de isolamento social, a terceira onda pode ser forte", explicou � AFP.

A isso deve se somar a incerteza da variante Delta, cujos primeiros casos j� apareceram no Brasil, e sua propaga��o deve ser favorecida pela reabertura econ�mica.

"Se se mostrar bem adaptada como na �ndia, com uma alta transmissibilidade e pelo menos com uma virul�ncia igual �s cepas atualmente circulantes, ela pode causar um n�mero muito grande de casos", adverte S�nchez.
(foto: AFP / DOUGLAS MAGNO)
(foto: AFP / DOUGLAS MAGNO)

Sucesso em Serrana


Os potenciais efeitos ben�ficos da vacina��o em massa foram confirmados em uma experi�ncia in�dita, feita pelo Instituto Butantan em Serrana, cidade de 45.000 habitantes no interior de S�o Paulo.

Ap�s vacinar com as duas doses 95% da popula��o adulta da cidade, as mortes por covid-19 ca�ram 95%, as interna��es, 86%, e os casos sintom�ticos, 80%.

"Com 75% da popula��o-alvo imunizada com as duas doses da vacina CoronaVac, a pandemia foi controlada em Serrana e isso pode se reproduzir em todo o Brasil", comemorou o governador Jo�o Doria, advers�rio de Bolsonaro.


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