COVID-19: Fiocruz alerta para cen�rio de alto risco em 11 estados e DF

 

 

Os estados s�o: Tocantins, Maranh�o, Cear�, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paran�, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goi�s. Os pesquisadores chamam aten��o sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas pr�ximas semanas, at� que a maior parte da popula��o esteja vacinada.

Segundo o estudo, a combina��o do n�mero alto de casos com uma ligeira queda no n�mero de mortes e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupa��o de leitos UTI COVID-19 para adultos no Sistema �nico de Sa�de (SUS) � muito preocupante. “Ainda � prematuro considerar que h� uma queda sustent�vel de casos e mortes ou que estamos entrando em uma terceira onda”, observam.

“Em alguns estados e no Distrito Federal, � poss�vel que venha ocorrendo gerenciamento da disponibiliza��o e bloqueio de leitos de UTI, com a manuten��o do indicador em patamar elevado. Entretanto, a situa��o predominante �, indubitavelmente, de descontrole da pandemia”, diz o estudo.

Enquanto a maior parte da popula��o n�o est� vacinada, os pesquisadores afirmam que devem ser incorporadas algumas a��es fundamentais �s medidas de enfrentamento. 

Segundo a Fiocruz, o lockdown, uma medida considerada mais forte, deve ser adotado para os estados e munic�pios com taxas de ocupa��o de leitos UTI COVID-19 de 85% ou mais.

“� muito importante a utiliza��o de medidas n�o-farmacol�gicas, que t�m como objetivo reduzir a propaga��o do v�rus e o cont�nuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos cr�ticos e graves e contribui para o crescimento de �bitos; medidas relacionadas ao sistema de sa�de, que visam aliviar a sobrecarga dos servi�os e tamb�m reduzir a mortalidade hospitalar por COVID-19, por desassist�ncia e por outras doen�as, bem como garantir o suprimento de insumos fundamentais para o atendimento; �s pol�ticas e a��es sociais, cujo objetivo � mitigar os impactos sociais e sanit�rios da pandemia, principalmente para as popula��es e grupos mais vulner�veis”.

Os dados levantados nos dias 31 de maio e 7 de junho sinalizam que as taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 para adultos no SUS se mant�m em relativa estabilidade, em n�veis muito elevados. 

As poucas quedas mais significativas do indicador aconteceram em Rond�nia (de 72% para 62%), Esp�rito Santo (de 76% para 68%) e Mato Grosso (de 95% para 87%). Al�m disso, os dois primeiros estados se mant�m na zona de alerta intermedi�rio e o �ltimo na zona de alerta cr�tico.

 

 

Em contrapartida, houve aumento do indicador mais expressivo em Roraima, que volta � zona de alerta cr�tico, muito possivelmente pela redu��o dos leitos de UTI dispon�veis – originalmente eram 90, h� algumas semanas passaram a 60 e na �ltima semana ca�ram para 54.

 

J� o Maranh�o, se mant�m na zona de alerta cr�tico, com o indicador saindo de 83% para 90%. Todos os estados das regi�es Nordeste, Sul e Centro-Oeste permanecem com taxas iguais ou superiores a 80% e, no Sudeste, a �nica exce��o � o Esp�rito Santo.

No Norte, o Acre se mant�m como �nico estado fora da zona cr�tica e Tocantins se junta � Roraima na zona de alerta cr�tico, refletindo, no entanto, uma piora na din�mica da pandemia. No Distrito Federal, continua chamando a aten��o a quantidade de leitos bloqueados, embora a taxa de ocupa��o esteja elevada. 

Onze estados e o Distrito Federal est�o com taxas de ocupa��o iguais ou superiores a 90%: 

Nove estados apresentam taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 para adultos entre 80% e 89%: 

Cinco estados est�o na zona de alerta intermedi�rio entre 60% e 80%: 

O �nico que est� fora da zona de alerta � o Acre, com 41%.  

As taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 para adultos no SUS observadas no dia 7 de junho apontam para a persist�ncia de quadro grave de sobrecarga no sistema de sa�de pela COVID-19. 

Com a vacina��o dos idosos e maior exposi��o de adultos jovens, tem havido uma mudan�a no perfil de idade dos pacientes internados, que talvez estejam tendo mais tempo de perman�ncia hospitalar, de acordo com o estudo. 

 

*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria