
O distrito de Girassol, em Cocalzinho (GO), aos poucos volta a ser um povoado pacato e tranquilo. Sem o vaiv�m de viaturas em alta velocidade que circulavam pela BR-070, que corta a cidade, ou o intenso movimento dos 270 agentes policiais do Distrito Federal e de Goi�s, envolvidos na busca por L�zaro Barbosa, 32 anos, morto nessa segunda-feira (28/6), a rotina de moradores, comerciantes e chacareiros vai voltando ao normal.
Os fazendeiros da regi�o, que evitavam ir at� as propriedades por medo de L�zaro, est�o voltando �s ch�caras. A fam�lia de Fernando Gon�alves, 33 anos, al�m da ch�cara, � dona de uma madeireira.
"Deixamos de vender gado, tinha que pagar mais gasolina ao caseiro que ia na ch�cara pela manh� tratar dos animais. Aqui na madeireira as vendas ca�ram 80%", estima.
A vida na cidade volta lentamente ao ritmo normal. Sem o barulho das sirenes das viaturas e dos helic�pteros, o sil�ncio � rompido apenas pelos carros que trafegam pela BR-070.
"Nossa esperan�a � que tudo volte ao normal, mas ainda est� devagar", diz Fernando. "Meus amigos j� est�o descendo para as ch�caras, est� se normalizando. Eu me sinto mais aliviado para ir e vir".
Medo e doa��es
Durante esse per�odo da ca�ada, muitos comerciantes preferiram fechar as portas mais cedo, com medo das invas�es.
Os moradores tamb�m evitaram ficar na rua � noite e passaram a trancar as casas com cadeados. Agora, come�am a flexibilizar as medidas.
Por 20 dias, a regi�o foi palco de uma das mais longas persegui��es policiais da hist�ria do pa�s.
Em fuga, depois de ser identificado como um dos suspeitos envolvidos na morte de quatro membros da mesma fam�lia, no Incra 9, em Ceil�ndia, em 9 de junho, L�zaro Barbosa feriu outras v�timas a tiros, fez ref�ns e invadiu ch�caras da regi�o, deixando amedrontados os moradores de Edil�ndia, Girassol e �guas Lindas, onde se concentraram os trabalhos.
A base da for�a-tarefa, estabelecida na escola Municipal Alto da Boa Vista, em Girassol, depois de se fixar em um posto de gasolina de Edil�ndia, j� foi desmobilizada.
Em vez dos carros de v�rios grupos t�ticos e pol�cias especializadas, agora h� apenas os carros da Pol�cia Militar de Goi�s, que atua na regi�o.
Os militares est�o reunindo o que restou das mais de 80 toneladas de doa��es, que vieram da popula��o, de empres�rios, de ONGs e de autoridades.
Os alimentos, itens de higiene e cobertores ser�o repassados � assist�ncia social da prefeitura de Cocalzinho, que vai distribu�-las �s fam�lias cadastradas pelo munic�pio em situa��o de vulnerabilidade.