
O nome da v�tima n�o foi divulgado. Jairinho est� preso desde 8 de abril e � r�u pela morte de seu enteado Henry Borel, de 4 anos, em 8 de mar�o, al�m de tamb�m ser acusado por outros crimes. A m�e de Henry, Monique Medeiros, que era namorada do ex-vereador, tamb�m est� presa pela morte do filho.
Segundo a den�ncia apresentada nesta ter�a-feira pela 1ª Promotoria de Justi�a de Investiga��o Penal de Viol�ncia Dom�stica da �rea Oeste/Jacarepagu� do N�cleo Rio de Janeiro, em outubro de 2015 Jairinho drogou a v�tima e, sem seu consentimento, praticou sexo anal com ela. Em dezembro de 2016, enfurecido por estar sendo ignorado, o ex-vereador xingou e chutou a ent�o namorada, causando fratura em um dedo do p� dela.
Em 2020, quando o casal passava um fim de semana de lazer em Mangaratiba, Jairinho se irritou com o fato de a v�tima n�o permitir que ele consultasse o celular dela e praticou vias de fato. Primeiro deu um golpe popularmente conhecido como "mata le�o", depois arrastou-a para fora de casa e, no jardim, praticou mais agress�es.
Em uma noite de abril do mesmo ano, a v�tima estava em sua casa com familiares quando foi surpreendida com a chegada de Jairinho, que, alterado, cobrava explica��es sobre um coment�rio que ela havia postado nas redes sociais. O ex-vereador convenceu a namorada a sair de sua casa para conversar, obrigou a v�tima a ingressar em seu ve�culo e a agrediu com pux�es de cabelo e um soco no rosto.
Ainda de acordo com a den�ncia, de novembro de 2014 at� outubro de 2020, em diversas ocasi�es, com o objetivo de causar desequil�brio emocional e dominar a v�tima, Jairinho praticou persegui��o, invas�o de domic�lio, amea�as e ofensas morais, ocasionando danos � sa�de da ent�o namorada, que passou a sofrer de ansiedade e taquicardia, tendo chegado a receber atendimento de emerg�ncia quando constatados 230 batimentos card�acos por minuto em situa��o de repouso.
Tamb�m segundo a den�ncia, Jairinho rondava a casa da v�tima; surgia de forma abrupta nos lugares em que a v�tima se encontrava, a lazer ou a trabalho, obrigando-a a ir embora; ficava � espreita da v�tima, observando-a pela janela de sua casa; ligava v�rias vezes durante o dia e a noite a fim de control�-la; exigia que a v�tima ficasse ao telefone durante a madrugada para ter certeza de que ela estava sozinha e em sua casa; invadia sua casa, tendo em certa ocasi�o encontrado a sogra em roupas �ntimas; amea�ava a v�tima e seus filhos; em mais de uma ocasi�o, obrigou a v�tima a deixar seu emprego, que lhe garantia autonomia financeira; desqualificava a v�tima e seu trabalho; ap�s agredi-la, afirmava que nada tinha feito e que a v�tima estava ficando louca, fazendo-a duvidar de sua sanidade mental, e se utilizava de seu cargo pol�tico, prest�gio e poder para fazer crer que podia fazer tudo sem jamais ser punido.
O MP-RJ chama aten��o para o fato de Jairinho ostentar hist�rico de ofensas e agress�es, demonstrando n�o se intimidar com os registros de ocorr�ncias policiais. Frisa a Promotoria que os fatos s� vieram � tona depois que o r�u foi preso pelo homic�dio de Henry Borel, porque at� ent�o a v�tima tinha medo de registrar as viol�ncias sofridas.
O advogado Braz Sant’Anna, que defende Jairinho, afirmou � reportagem que tomou conhecimento da den�ncia na noite desta ter�a-feira e que s� vai se manifestar depois de ler o documento.
Pris�o mantida. Em decis�o emitida na �ltima sexta-feira (16/7), o juiz Daniel Werneck Cotta, que atua no 2ª Tribunal do J�ri da capital, negou os pedidos de relaxamento e revoga��o das pris�es preventivas de Jairinho e de Monique Medeiros. Eles permanecer�o presos, portanto.
Na mesma decis�o, o juiz recebeu aditamento da den�ncia apresentado pelo MP-RJ. Na pe�a, o promotor F�bio Vieira dos Santos acrescenta pedido de que Monique e Jairinho sejam condenados a pagar pelo menos R$ 1,5 milh�o ao pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, como repara��o pela morte de seu filho.