
As praias do Flamengo e de Itapu�, em Salvador (BA), foram palco de um evento curioso. Trabalhadores da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) do munic�pio encontraram duas caixas misteriosas encalhadas na areia nesta ter�a-feira (3/8). Elas se somam �s oito achadas na segunda-feira (2/8). Para tir�-las de l�, foi preciso a ajuda de um guindaste - uma vez que cada caixa pesa, em m�dia, 200kg.
Depois do resgate, elas foram levadas ao Instituto de Geoci�ncias da Universidade Federal da Bahia (IGEO/UFBA). Mas de onde veio esse material e como ele foi parar ali? Esse � o mist�rio a que estudiosos pretendem responder. Como n�o h� ind�cios de que se trate de petr�leo, nem ocorr�ncia de qualquer naufr�gio recente que justifique o achado, � poss�vel que as caixas sejam vest�gio de uma �poca mais remota.
Pacotes n�o identificados semelhantes aos encontrados nesta semana v�m aparecendo em diversas praias do litoral do Nordeste brasileiro desde 2018. Em julho deste ano, caixas semelhantes apareceram tamb�m na Bahia. Uma das hip�teses, levantada pelo ocean�grafo Carlos Peres Teixeira, professor da Universidade Federal do Cear� (UFC), � de que se trate de folhas de l�tex dobradas diversas vezes para transporte.
Uma inscri��o nos itens d� conta de que seriam mat�ria-prima para borracha de um cargueiro da Alemanha nazista afundado em meados da d�cada de 1940, explicou o pesquisador em entrevista ao jornal Extra. De acordo com o professor, h� at� 600 embarca��es afundadas no Oceano Atl�ntico entre o Brasil e a Europa. E, tudo isso, amea�a a vida marinha porque cargas t�xicas podem ser liberadas e, at� mesmo, emergirem das profundezas.