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Estado de Minas SA�DE

Doen�a da 'urina preta' pode estar relacionada a consumo de frutos do mar

Doen�a de Haff apresenta como sintomas rigidez muscular frequentemente associada ao aparecimento de urina escura, que resulta de insufici�ncia renal


15/09/2021 12:28 - atualizado 15/09/2021 12:32

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(foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)
O Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) divulgou uma nota na qual alerta sobre uma poss�vel rela��o entre os casos de doen�a de Half,  conhecida como "urina preta", observados este ano no Brasil , e o  consumo de peixes, mariscos e crust�ceos sem o selo dos �rg�os  de inspe��o oficiais.

De acordo com a pasta, todos os casos notificados e em investiga��o est�o sendo acompanhados por epidemiologistas do Minist�rio da Sa�de, em coopera��o com os Laborat�rios Federais de Defesa Agropecu�ria (LFDA) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

A doen�a de Haff apresenta como sintomas rigidez muscular frequentemente associada ao aparecimento de urina escura, que resulta de insufici�ncia renal. Ela se constitui em um tipo de rabdomi�lise, nome dado para designar uma s�ndrome que gera a destrui��o de fibras musculares esquel�ticas e libera elementos de dentro das fibras - como eletr�litos, mioglobinas e prote�nas - no sangue.

A nota do Mapa informa que os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas 24 horas ap�s o consumo de peixe cozido, lagostim e outros frutos do mar contaminados. "A enfermidade � considerada emergente e, por ter origem desconhecida, enquadra-se como evento de sa�de p�blica (ESP), sendo considerada de notifica��o compuls�ria", diz a nota.

Ainda segundo o minist�rio, os primeiros casos de doen�a de Half registrados no Brasil foram em 2008, com origem em esp�cies de �gua doce como o Pacu (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus), bem como em peixes de �gua salgada, como a arabaiana/olho-de-boi (Seriola spp.) e badejo (Mycteroperca spp).

Foram tamb�m registrados casos em 2016 e, agora, em 2021. Diante da situa��o, o Mapa est� orientando a popula��o a ficar atenta na hora de comprar pescados, de forma geral. "Peixes, mariscos e crust�ceos comercializados devem conter o selo dos �rg�os de inspe��o oficiais", alerta o minist�rio, ao informar que produtos identificados pelo carimbo de inspe��o na rotulagem possibilitam a rastreabilidade de sua origem, o que os torna seguros.

A dificuldade para a identifica��o do material contaminado est� no fato de que a toxina causadora n�o tem gosto nem cheiro espec�ficos, o que torna mais complexa a sua percep��o. Nos relatos registrados ao longo dos anos, pessoas acometidas da doen�a ingeriram diferentes tipos de peixe, como salm�o, pacu-manteiga, pirapitinga, tambaqui, e de diversas fam�lias como Cambaridae e Parastacidae.

"Pesquisas sobre os poss�veis agentes causadores est�o sendo realizadas pelo LFDA e o IFSC, a partir das amostras coletadas dos alimentos consumidos, bem como de material biol�gico dos pr�prios pacientes acometidos. Por ter sido registrada em diversos biomas (rios, lagos, mares etc.) e esp�cies, n�o � poss�vel, at� o momento, determinar, com base nos casos analisados, os ambientes e animais envolvidos", informa a nota.

De acordo com o Mapa, foram feitas pesquisas de amostras na busca por "mol�culas suspeitas", especialmente de grupos onde � mais prov�vel encontrar toxinas causadoras da doen�a de Haff. No caso, "mol�culas an�logas que podem ser produzidas por microalgas t�xicas".


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