
"Eu tinha deixado o meu cachorro lindo e bem. Deu pra ver nas imagens da minha c�mera que ele estava feliz no meu colo. Quando cheguei l�, ele (veterin�rio) entregou o cachorro morto na minha m�o. Ele que foi me dar a not�cia. Me disse que n�o sabia o que tinha acontecido e que n�o podia fazer nada", relata a moradora da Asa Norte.
Ela conta que jamais identificou nada de errado no corpo do pet. "Ele n�o tinha problemas de sa�de. Era super saud�vel, t�o bagunceiro, que quando eu levava para dar banho, cobravam R$ 20 a mais porque diziam que ele dava trabalho para dar banho, pois era agitado. O problema � que n�o me explicaram o que estava acontecendo", lamenta a dona do pet.
A dona do animal acrescenta que pretende ir � Justi�a contra a cl�nica veterin�ria. "Minha advogada, que � protetora de animais, est� tomando todos os procedimentos necess�rios. Na hora que o meu cachorro passou mal, ele deveria ter me ligado, porque eu poderia ter sido transferido para uma UTI de cachorro e estar vivo", conclui Larissa.
O que diz o pet shop?
Em nota publicada em uma rede social, o pet shop afirma que recebeu Larissa e o cachorro, o spitz alem�o Flock, para a realiza��o de banho. O animal foi recepcionado �s 9h30 e estava aparentemente saud�vel e bem. "O banho foi feito sem intercorr�ncias. Passou-se ent�o para a secagem dos pelos de Flock, com secador comum e utilizando as melhores e seguras pr�ticas veterin�rias", explica o estabelecimento.
Por volta das 11h, durante o atendimento ao c�o, veterin�rios notaram que o animal havia desmaiado, sendo trazido �s pressas para a cl�nica do local. "O animal foi examinado e recebeu todos os procedimentos de primeiros socorros aplic�veis, incluindo t�cnicas de reanima��o cardiorrespirat�ria. Flock estava hipotenso e, apesar de todos os esfor�os de nossa equipe, n�o melhorou", acrescenta a loja.
Ainda de acordo com o estabelecimento, por volta das 12h foi constatada a morte do cachorro, "sendo a senhora Larissa Carvalho imediatamente contactada e avisada a respeito do acontecido", diz a nota.
"Entendemos perfeitamente a dor que a morte de um animal querido causa a uma fam�lia. Dessa maneira, colocamos-nos � disposi��o para quaisquer esclarecimentos necess�rios � fam�lia ou autoridades sobre o ocorrido, refor�ando nosso posicionamento a favor dos animais e seu bem-estar", conclui o texto.
Demora
O corpo do animal foi levado � Universidade de Bras�lia (UnB) para passar por necropsia, que ir� apurar a causa do �bito. A estimativa para conclus�o do exame � de 30 dias. "Temos dois fatos que precisam ser apurados: as circunst�ncias que o animal faleceu e o motivo de terem demorado a entrar em contato com ela. Segundo ela (Larissa), demoraram 2 horas para entrar em contato sobre o (problema do) cachorro", afirma a advogada de Larissa, Ana Paula de Vasconcelos.
"Tiraram a oportunidade da tutora de poder encaminhar o animal para um centro intensivo, onde ele pudesse receber um tratamento veterin�rio adequado ao caso. Ao inv�s deles tentarem se desculpar, foram registrar ocorr�ncia preocupados com poss�vel dano moral. Ainda est�o cobrando o valor do atendimento, cerca R$ 1,2 mil de procedimento veterin�rio da reanima��o", detalha a advogada.

Ana Paula acompanha o caso na Pol�cia Civil (PCDF). "Estamos aguardando a investiga��o criminal para que as circunst�ncias sejam apuradas", complementa a jurista, que tamb�m � diretora da Comiss�o de Direitos dos Animais da Organiza��o dos Advogados do Brasil (OAB), de �mbito nacional.
O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Pol�cia (Asa Norte) com dois boletins de ocorr�ncia. Um deles foi feito por Larissa, como crime de tortura. O outro B.O. foi feito pelo dono do pet shop por dano, o veterin�rio Luis Gustavo Silveira, respons�vel pelo local.
"Ela se descontrolou, esbarrou em itens da loja, trocou ofensas no auge do calor da emo��o, o que � totalmente compreens�vel quando pela situa��o. Com isso, eles foram at� a delegacia registrar ocorr�ncia contra ela", finaliza a advogada.
Veja o desabafo de Larissa sobre o ocorrido:
