
A divulga��o de trechos da audi�ncia pelo jornal The Intercept, no entanto, mostrou cenas de humilha��o a Mari Ferrer. O caso gerou a campanha #justicapormariferrer com milhares de compartilhamentos nas redes sociais e protestos pelo pa�s.
A repercuss�o do caso foi t�o grande que este ano a C�mara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Mariana Ferrer, em tramita��o no Senado, que garante prote��o �s v�timas de crimes contra a dignidade sexual. O projeto pro�be que v�timas e testemunhas sejam ofendidas em audi�ncias.
Pelo seu perfil do Instagram, que conta com mais de 2,5 milh�es de seguidores, Mari Ferrer faz v�rias publica��es sobre o caso e pede justi�a. Na �ltima postagem, ela exp�s um laudo psicossocial de estresse p�s-traum�tico, ansiedade e s�ndrome do p�nico.
H� duas semanas, Mari compartilhou fotos da inf�ncia com a fam�lia. "Para as sobreviventes que n�o tem a fam�lia completa ou n�o tem o apoio da mesma, saibam que eu acredito em voc�s. eu estou com voc�s e juntas formamos um ex�rcito imbat�vel de Deus. nunca se esque�am disso, por favor! voc�s s�o importantes", escreveu.
Relembre o caso
O estupro teria acontecido em 2018, no Cafe de la Musique de Florian�polis, em Santa Catarina. A modelo era embaixadora da casa na �poca. A Pol�cia Civil apontou Andr� Aranha como autor do crime. A per�cia indicou que houve conjun��o carnal na noite relatada. No relato dela para a pol�cia, ela disse que teve um lapso de mem�ria e que acredita ter sido dopada. A boate s� forneceu dois v�deos a pol�cia, em que Mariana � vista com Andr� Aranha saindo da casa.
Em 2019, ela trouxe o caso a p�blico pelas redes sociais. Em agosto de 2020, Mari Ferrer teve a conta do Instagram removida por um processo movido contra ela por Andr� Aranha. A a��o foi vencida por ela em primeira inst�ncia.
No v�deo da audi�ncia, o advogado de defesa de Andr� Aranha, Cl�udio Gast�o da Rosa Filho, mostrou fotos de Mariana de quando ela era modelo alegando que ela teria posado em "posi��es ginecol�gicas" e que estaria se utilizando da situa��o para se promover.
Em julho deste ano, um grupo de 28 deputadas federais e uma senadora entrou com um pedido no TJSC para atuar como amicus curiae, ou "amigo da corte" no caso. O amicus curiae n�o � parte do processo, mas ele pode acompanhar de perto os tr�mites.