
"Aquela � uma �rea que todos os pilotos evitam voar. A gente n�o sabe por que ele decidiu ir por ali", comenta Rafael Lacerda, que trabalha h� dez anos sobrevoando a �rea de Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde a cantora
Mar�lia Mendon�a morreu na tarde desta sexta-feira, (05/11) ap�s a queda do seu avi�o.
No in�cio desta tarde, ele comandava um voo que partiu de Vi�osa com destino ao munic�pio, aterrissando cinco minutos ap�s a previs�o de chegada da tripula��o que levava a cantora.
No in�cio desta tarde, ele comandava um voo que partiu de Vi�osa com destino ao munic�pio, aterrissando cinco minutos ap�s a previs�o de chegada da tripula��o que levava a cantora.
Lacerda conta que usava uma frequ�ncia de r�dio aberta pouco antes de chegar a Caratinga e conseguiu ouvir o piloto que transportava Mar�lia Mendon�a dando as instru��es para o pouso.
"Ele reportou duas vezes que tinha ingressado na perna do vento, um procedimento que a gente usa para pousar. S� ouvi isso e, depois, mais nada. Aparentemente, o avi�o n�o estava em pane", relata.
"Ele reportou duas vezes que tinha ingressado na perna do vento, um procedimento que a gente usa para pousar. S� ouvi isso e, depois, mais nada. Aparentemente, o avi�o n�o estava em pane", relata.
Segundo Lacerda, os fios naquela regi�o costumam atrapalhar o pouso, a ponto de ela ser evitada por quem conhece a �rea.
"Para n�s que estamos acostumados, os fios n�o chegam a atrapalhar. Mas eles est�o em um setor de muita aproxima��o e com o relevo muito alto, ent�o � uma �rea que todos os pilotos evitam", relata.
"Quando eu pousei, passei por cima do local do acidente e n�o percebi o avi�o ali." Lacerda explica ainda que o tempo estava claro, com c�u aberto, e o sol em uma posi��o "que n�o atrapalhava a visualiza��o dos fios".
"Quando eu pousei, passei por cima do local do acidente e n�o percebi o avi�o ali." Lacerda explica ainda que o tempo estava claro, com c�u aberto, e o sol em uma posi��o "que n�o atrapalhava a visualiza��o dos fios".
"A gente coordenou o pouso com ele, porque aterrissar�amos em um hor�rio muito pr�ximo. Eles estavam a um minuto do pouso", conta Glauco Souza, de 44 anos, que tamb�m estava a bordo do avi�o pilotado por Lacerda. "S� soubemos que ele caiu quando pousamos e vimos que ele n�o estava no aeroporto. N�o ouvimos barulho, n�o vimos fuma�a, sobrevoamos ali e n�o percebemos."
Destro�os sugerem colis�o com antena, diz pol�cia
A Pol�cia Civil afirmou, em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira, que n�o t�m condi��es de determinar a causa do acidente a�reo, mas encontrou destro�os de uma antena de energia el�trica no local da queda da aeronave.
"A gente n�o pode falar sobre a causa do acidente. H� destro�os de uma antena que sugere que o avi�o tenha colidido com essa antena", afirmou Ivan Salles delegado regional da Pol�cia Civil de Caratinga.
"A gente n�o pode falar sobre a causa do acidente. H� destro�os de uma antena que sugere que o avi�o tenha colidido com essa antena", afirmou Ivan Salles delegado regional da Pol�cia Civil de Caratinga.
"A per�cia compareceu ao local e fez os trabalhos. Amanh� continuam os trabalhos. Cabe � Pol�cia Civil acionar a Cenipa para saber as causas do acidente", completou.
Os policiais tamb�m foram cautelosos em rela��o � causa da morte dos ocupantes. "Foi um acidente com uma energia de grande impacto, que causou diversos traumas nos ocupantes", diz o m�dico legista Pedro Fernandes.